Levantamento da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) com os consumidores da capital apontou que a maioria dos cariocas deve gastar entre R$ 70 e R$ 100 com as compras de comidas típicas nos supermercados da cidade.
O estudo mostrou que 47,7% da população carioca vai organizar suas festas juninas em casa, com a família. Outros 38,3% afirmaram que devem aproveitar mais as festas de escola, de bairro ou das igrejas. Apenas 14% informaram que não costumam comemorar a data.
Para a maioria dos consumidores (40,9%), os gastos com as compras de comidinhas típicas devem ser de até R$ 70. Para 33,7%, os gastos com as delícias juninas vão ficar entre R$ 80 e R$ 100. As compras devem chegar ao total de R$ 150 para 16,9%. Já 8,6% dos pesquisados disseram que pretendem gastar mais de R$ 160 nos supermercados.
Entre os itens preferidos pelos cariocas e que não podem faltar em suas festas, estão: os doces típicos (57,7%), a canjica (52,9%), o amendoim (47,7%), o milho-verde (46,9%), a pipoca (42,9%), as bebidas típicas (38,9%) e o salsichão (29,1%).
Questionados sobre o que mais influência sua escolha na hora das compras no supermercado, a maior parte dos entrevistados (52%) disse ser o “preço promocional”. Logo em seguida, com 51,4%, se destacam a “tradição e o sabor” dos produtos típicos. A “qualidade e procedência” foi a justificativa principal para 34,9% dos consumidores.
O levantamento também mostrou que 61,4% dos cariocas preferem comprar os ingredientes e preparar tudo em casa. Já 23,4% afirmaram que compram parte pronta e preparam o restante. Só 15,1% confirmaram que preferem comprar tudo pronto para as festas em família.
Perguntados se gostariam de ver kits ou promoções especiais com produtos típicos de Festa Junina em supermercados, 41,1% dos cariocas responderam que sim, pois ajudaria a economizar. Para 35,4%, poderia ajudar, desde que os preços fossem vantajosos. Outros 23,4% informaram que não é necessário, pois preferem escolher os itens individualmente.
Já em Minas, a Pesquisa Expectativa de Vendas Festas Juninas 2025, realizada pelo Núcleo de Pesquisa & Inteligência da Federação do Comércio, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG), mostra que 64,1% das empresas do ramo de produtos alimentícios do estado são afetadas positivamente no período. Para 34,5% dos estabelecimentos, não há impacto nem positivo nem negativo, sendo que apenas 1,5% do total reporta impacto negativo nas vendas.
Neste ano, 43% dos comerciantes esperam vendas melhores, 47,4% apostam em vendas iguais às do ano anterior e 9,3% projetam vendas piores; 0,4% não soube ou não quis avaliar.
As justificativas apontadas para as vendas melhores nas festas de junho são: expressividade da data (38,7%) e o otimismo (33,9%), seguidos pelo aquecimento do comércio (7,1%) e ações promocionais (6,5%). O tíquete médio por cliente deve variar entre R$ 50 e R$ 100, conforme 49,1% dos entrevistados.
Para os comerciantes que não se mostram entusiasmados com as vendas no período, a crise econômica, citada por 35,1% dos respondentes, é o que mais pesa. Outros motivos apontados são: queda nas vendas (18,9%), valores altos dos produtos (13,5%) e consumidor mais cauteloso (10,8%).
Os comerciantes ouvidos indicam que as vendas à vista devem predominar no período de festas com destaque para o Pix, citado por 32,5%, cartão de crédito à vista, 23,8% e cartão de débito à vista, 20,4%. A opção de pagamento com o cartão de crédito parcelado é indicada por 14% entrevistados.
A canjica figura como o principal produto a receber investimento em 2025 conforme 67% das empresas. Em seguida aparece amendoim, com investimentos de 65% dos comerciantes, pipoca, com 44,7%, milho, 39,6% e farofa, citada para investimento por 28,4% das empresas.
Conforme a pesquisa, a maioria dos empresários (57,7%) confirmou que realizará divulgações para incentivar as vendas. O WhatsApp é o principal canal de divulgação aparecendo como opção de 74,2% das empresas, seguido do Instagram, com 73,5%. Também são mencionados o Facebook (14,8%) e o rádio (11%). A campanha boca a boca (3,2%), engenhos de divulgação (1,9%) e influencers (1,9%) complementam as ações de marketing.
De acordo com 43,6% dos entrevistados, os estabelecimentos farão vendas online enquanto a maioria deles, 56,4%, venderá nas lojas físicas. Entre os que realizam vendas online, o WhatsApp se destaca como o principal canal de vendas, sendo utilizado por 68,8%. O Instagram aparece em segundo lugar, com 13,8%, seguido pelos aplicativos de entrega (10,1%) e o site próprio (6,5%). O Facebook é utilizado por uma pequena parcela de 0,7%. A predominância do WhatsApp sugere uma forte aposta na comunicação direta e pessoal para impulsionar as vendas digitais.
Entre as regiões de Minas que mais têm impacto positivo com as vendas destacam-se a Central (78,9%), Rio Doce, (73,8%) e Centro-Oeste (73,2%). No período em que a pesquisa foi realizada, (entre 30 de maio e 9 de junho), 64,4% das empresas já haviam feito os investimentos necessários para o período de vendas e outras 24,8% ainda não tinham investido e 8,5% afirmaram que ainda iam investir.
Além disso, as temperaturas mais baixas do que a média neste mês de junho impulsionaram as vendas de produtos para enfrentar a onda de frio neste mês. De acordo com levantamento realizado pela plataforma Nuvemshop, de 1º a 12 de junho, pequenas e micro-empresas virtuais comercializaram 90 mil produtos relacionados ao frio, o que gerou um faturamento de R$ 11,4 milhões, 45% a mais que o registrado no mesmo período do ano anterior.
Entre os itens vendidos estão jaquetas, moletons, casacos, gorros e botas. Apenas com as botas, por exemplo, os lojistas tiveram um crescimento de faturamento de 93%, saindo de R$ 1,2 milhão em 2024 para 2,3 milhões em 2025, com mais de 7 mil itens comercializados neste ano.
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