Ficção

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O líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP), informou que o Ministério da Fazenda deve enviar, até o final desta semana, a nova proposta do governo para a reforma tributária. Madeira confirmou que a reforma é uma das prioridades do governo para o segundo semestre e disse que o Congresso não vai esvaziar este ano, apesar das eleições. “Vai ter mais gente do que se pensa”. A reforma já vem sendo debatida no Congresso há pelo menos três anos, sempre com profunda resistência da Fazenda, que não quer mudar nada, especialmente a cobrança de contribuições compulsórias, que não são repartidas com estados e municípios. Acreditar que e o assunto é prioridade e será votado em plena reta eleitoral é duvidar da inteligência dos eleitores. Mesmo que fosse verdade, seria um desrespeito com os parlamentares que discutiram o tema até agora votar às pressas uma proposta saída da cartola de tecnocratas.

Novo modelo
O MST reivindica mudanças no modelo econômico e agrícola, voltado para a agricultura familiar. No período de 1995 a 1998, mais de 400 mil agricultores perderam suas terras e mais de 800 mil trabalhadores rurais assalariados ficaram desempregados. Dos 32 milhões que passam fome, mais da metade vive no campo. Os sem-terra também estão se mobilizando contra multinacionais, como a Monsanto e a Norvatis, produtoras de sementes transgênicas. Essas duas empresas, no entender do MST, pretendem dominar o mercado de sementes, encarecendo-as e dificultando o acesso do pequeno produtor a este insumo. O movimento quer o imediato cancelamento da autorização para a produção e comercialização de transgênicos até que um estudo científico sério a respeito dos efeitos desse tipo de semente sobre os seres humanos e o meio ambiente.

Voz das ruas
Confiante em seu poder de comunicação com a população, Brizola não se mostra preocupado com as pesquisas de opinião e diz que “sente nas ruas” que já ultrapassou o PT. O candidato do PDT à Prefeitura do Rio voltou a cobrar do governo federal responsabilidade no desenvolvimento do estado e não poupou críticas ao uso, pelo governador Anthony Garotinho, dos royalties do petróleo para pagar dívidas: “Constitui-se num erro, porque está trocando um bem de valor líquido por dívida podre, que não foi feita por nós.” Brizola também comemorou o apoio do líder do MST, João Pedro Stédile, à sua candidatura.

Revogado
O presidente em exercício da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), Pedro Fernandes (PFL), disse ontem que irá revogar, após o recesso parlamentar, o pagamento de benefício de auxílio-moradia de R$ 2.225,00 a todos os deputados estaduais, autorizado por ele próprio. Apenas os que morar fora da Capital vão receber o auxílio. A medida aumentaria os salários dos deputados em até 37%, iria beneficiar por tabela cerca de 3 mil servidores, onerando o Tesouro estadual em mais de R$ 10 milhões por mês.
A decisão do deputado pefelista de conceder o auxílio-moradia a todos os deputados seria conseqüência da liminar concedida no último dia 14 pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio de Mello, que estendeu o benefício aos juizes do Rio. O secretário estadual de Administração, Hugo Leal, disse ontem que vai enviar documento ao governador Anthony Garotinho explicando que, se o benefício for mantido, o estado não terá dinheiro para pagar o 13º salário dos servidores.

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Brioches
O jornal do Sindicato dos Urbanitários traz uma matéria revoltada contra a Light que, segundo os sindicalistas, teria, a pretexto de dar dicas de economia, recomendado aos empregados que não fizessem lanche. O jornal acha que a empresa quer que o trabalhador passe fome. Melhor seria dar um aumento salarial.

Low
A baixa popularidade do presidente Fernando Henrique Cardoso foi motivo de matéria na edição de ontem do The Wall Street Journal. A publicação afirma que os sinais de melhora da economia não estão se refletindo nos índices de aprovação de FH. “Economistas acreditam que a economia vai crescer 3,4% esse ano e 4% em 2002. Observadores explicam que a população não se beneficiou porque o crescimento está vindo de companhias que investem na economia, e não do aumento no consumo”, diz o jornal norte-americano.

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