X: bloqueio na madrugada

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Rede social X fora do ar
Rede social X fora do ar (Foto: Aislan Loyola)

O bloqueio da rede social X começou mesmo por volta das 0h30 deste sábado, um pouco depois do horário informado pelas operadoras Claro, TIM e Vivo: 0h. Usuários confirmaram que a partir da meia noite e meia, já não conseguiam acessar mais a rede em PCs e notebooks. Nos aparelhos de Smartphones o X ainda funcionava, porém com muitas falhas.

Muitos internautas ainda estão lamentando a possível perda de suas contas, até porque algumas são monetizadas e não querem perder a chance de ganhar dinheiro. O apresentador Luciano Huck é um deles. Segundo o Blog do Noblat, no X, Huck desaprovou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, do bloqueio da rede social, onde possui cerca de 13 milhões de seguidores.

A noite desta sexta-feira esteve ‘quente’ com os ‘tuiteiros’, como antigamente eram chamados os seguidores do X, ficando na maior expectativa esperando se realmente a rede social sairia do ar. Por garantia de não perder o hábito de postar mensagens, muitos já migraram para a rede social Bluesky e outros tantos estão fazendo o mesmo.

A Bluesky foi desenvolvida por Jack Dorsey, criador e ex-CEO do Twitter: “Brasil, vocês estão estabelecendo novos recordes de atividade no Bluesky!”, é o que está na conta oficial da nova rede social em uma publicação.

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O número de usuários que utilizava o X e que foi para a nova rede social começou a crescer na última quarta-feira, quando o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, já havia feito a ameaça de suspensão do X.

Entretanto, a migração para a Bluesky já começou em abril último, quando até o presidente Luís Inácio Lula da Silva cadastrou uma conta na nova rede social.

Na ocasião, o proprietário do X, Elon Musk, atacou o presidente, e a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) suspendeu a publicidade institucional na rede.

Lula no Bluesky
Lula no Bluesky (Reprodução Bluesky)

A suspensão

O ministro Alexandre de Moraes havia determinado a suspensão da rede social X no Brasil, após o bilionário Elon Musk não cumprir a exigência de indicar um representante legal no país dentro do prazo estabelecido. A decisão, anunciada nesta sexta-feira, deve ser implementada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em até 24 horas, com a obrigação de comunicar as operadoras de telefonia para efetuar o bloqueio e impedir o uso de VPNs para contornar a medida. As operadoras Claro, Vivo e TIM informaram nesta sexta-feira que bloquearão o X a partir de 0h. Segundo o UOL Notícias, o presidente da agência reguladora, Carlos Baigorri, disse que “esse é o plano” das empresas.

Moraes justificou a suspensão citando o Marco Civil da Internet, que obriga as empresas de tecnologia a manterem representação legal no Brasil e a acatarem decisões judiciais relacionadas à remoção de conteúdos considerados ilegais. Segundo o ministro, o encerramento das operações da empresa no Brasil por Musk foi uma tentativa deliberada de evitar o cumprimento das ordens do STF.

A medida terá validade em todo o território nacional até que todas as determinações judiciais sejam cumpridas e as multas aplicadas sejam pagas. Alexandre de Moraes também impôs uma multa diária de R$ 50 mil para pessoas físicas e jurídicas que utilizarem VPNs para acessar a rede social durante a suspensão.

Além da suspensão, foram bloqueadas duas contas bancárias vinculadas ao X no Brasil, após a empresa descumprir as primeiras decisões judiciais. Uma das contas tinha um saldo de R$ 2 milhões, enquanto a outra possuía apenas R$ 6,66.

A controvérsia envolvendo Musk e sua plataforma não é exclusiva ao Brasil. O magnata enfrenta desafios legais em diversos países, como Índia, Turquia, Venezuela, Austrália, Inglaterra e na União Europeia, sempre em torno de sua defesa pela “liberdade de expressão” irrestrita.

Moraes recua

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ainda nesta sexta-feira rever sua própria decisão que determinou o bloqueio de aplicativos de VPN (Virtual Private Network), que permitem o acesso a sites restritos. O bloqueio estava inserido na determinação que suspendeu a rede social X no Brasil.

Na nova decisão, Moraes afirmou que a medida serve para evitar transtornos para outras empresas.

“Em face, porém, do caráter cautelar da decisão e da possibilidade da própria empresa X Brasil Internet LTDA ou de Elon Musk, ao serem intimados, efetivarem o integral cumprimento das decisões judiciais, suspendo a execução até que haja manifestação das partes nos autos, evitando eventuais transtornos desnecessários e reversíveis à terceiras empresas”, afirmou.

Matéria editada às 0h30 para inserir informações sobre o bloqueio do X.

Fonte: Agencia Brasil, Blog do Noblat, UOL, G1, O Povo

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