Financeiras: RS 200 bi para compra de veículos no 3T24

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Uma foto aérea de drone tirada em 12 de março de 2024 mostra veículos no estacionamento de exportação no terminal de Jiangyin do porto de Fuzhou, província de Fujian, sudeste da China. (Xinhua/Lin Shanchuan)

A Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) divulgou o resultado alcançado pelas instituições financeiras no terceiro trimestre de 2024. Comparado com os mesmos nove meses do ano anterior, houve um crescimento de 32,2% no total de recursos liberados para financiamentos de veículos, totalizando R$ 200,09 bilhões, frente aos R$ 151,3 bilhões registrados, em 2023.

O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) continua sendo a modalidade responsável pela elevação, alcançando quase que a totalidade dos financiamentos, com R$ 199 bilhões. O Leasing, por sua vez, correspondeu a R$ 1 bilhão. O saldo total das carteiras apresentou um aumento de 17,1 %, R$ 470,6 bilhões, perante os R$ 402 bilhões do mesmo período do ano passado.

A inadimplência acima de 90 dias na modalidade CDC para Pessoa Física ficou em 4,5%, redução de -0,8 ponto percentual de setembro de 2023 a setembro de 2024. Para Pessoa Jurídica, subiu 0,5 ponto percentual, alcançando 2,4%.

Juros

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A taxa de juros, de acordo com os números da Anef, em setembro de 2024, ficou em 1,54%, ao mês. Em setembro do ano passado, esteve em 1,70%. A taxa anual em 20,45%. Para Paulo Noman, presidente da entidade, os recentes anúncios de que a taxa Selic deve chegar a 11,75% no final do ano preocupam o setor. “Juros altos impactam diretamente no crédito, e o mercado automotivo é movido por ele. No entanto, também entendemos que é essencial controlar a inflação. O setor precisará se adaptar a esse cenário desafiador, buscando alternativas para oferecer opções de financiamento mais acessíveis aos consumidores”. ressalta

Noman também menciona a importância de manter um diálogo aberto com o governo para encontrar soluções que possam equilibrar a necessidade de controle da inflação com estímulo ao consumo no setor automotivo. “Precisamos encontrar um caminho que permita a recuperação do mercado sem comprometer a estabilidade econômica.”

Escoamento das vendas

O índice de carros financiados subiu de 40% para 49%, nos primeiros nove meses do ano, se comparado com o mesmo período do ano anterior. É também o número mais alto desde 2020, quando estava em 52%. Compras à vista corresponderam por 47%, ante 55%, em 2023, e Consórcio se manteve estável com 4% de participação nas vendas.

No caso de caminhões e ônibus, as vendas por meio do Finame apresentaram elevação, de 31% para 35%. Já as vendas financiadas, por meio do CDC, caíram de 41% para 38%. A comercialização à vista permaneceu em 23% e o consórcio caiu de 5% para 4%. Em se tratando de motos, foram as vendas à vista que aumentaram de 28% para 32%. As financiadas permaneceram em 37%, e o Consórcio caiu de 35% para 31%.

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