Financiamento de veículos cresce 23% em maio

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Os bancos de montadoras e independentes concederam R$ 8,2 bilhões em financiamentos, segundo melhor resultado do ano, ficando abaixo apenas do volume registrado em março, que foi de R$ 8,3 bilhões. Na comparação com o mês anterior, a alta foi de 23% e, em doze meses, de 31,3%. O maior montante, de R$ 7,2 bilhões, foi destinado às pessoas físicas, enquanto os R$ 963 milhões, para as pessoas jurídicas. 

Segundo os dados divulgados no último boletim da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), nos cinco primeiros meses deste ano, o total de recursos liberados para financiamentos foi de R$ 36,9 bilhões, aumento de 19,9% na comparação com o mesmo período de 2016. Para as pessoas físicas foram concedidos R$ 33 bilhões (crescimento de 19,9% em doze meses) e para as jurídicas, R$ 3,9 bilhões (alta de 21,1% em um ano).

Na avaliação do presidente da entidade, Gilson Carvalho, o crescimento no mercado de crédito automotivo ainda é tímido, mas a tendência é de retomada até o final do ano. “As sucessivas quedas na taxa de juros deixam o consumidor um pouco mais confiante na hora de fechar a compra de um bem de maior valor agregado. Mas, por outro lado, a taxa de desemprego ainda continua alta, o que faz com que as pessoas mantenham cautela na hora de pedir crédito. O mesmo acontece com os bancos, que continuam rigorosos na avaliação do perfil do comprador do veículo antes de conceder um empréstimo”, avalia.

 

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Inadimplência e juros

 

A taxa de inadimplência para as pessoas físicas, considerando as operações de financiamento com atraso há mais de 90 dias, continua estável desde março e manteve-se em 4,5% no quinto mês deste ano – em doze meses, a queda é de 0,2 ponto percentual. Já para as pessoas jurídicas, o índice foi de 4,2%, queda de 0,1 ponto percentual na comparação com abril, e de 1,6 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2016.

Na carteira de leasing, o índice de não pagadores para pessoas físicas é de 3,5% (queda de 0,1 ponto percentual em relação a abril e de 1,0 ponto percentual em doze meses). Entre as pessoas jurídicas, a taxa é de 4,2% – diminuição de 0,6 pontos percentuais na comparação com o mês anterior e de 0,5 ponto percentual em um ano.

As taxas praticadas pelos bancos ligados às montadoras continuam mais atraentes na comparação com as adotadas pelas instituições independentes. Em maio, as entidades associadas à Anef cobraram juros de 20,98% ao ano e 1,6% ao mês, enquanto os independentes trabalharam com índices de 24,3% e 1,83%, respectivamente. O prazo médio das concessões é de 42 meses – em maio do ano passado foi de 41,3 meses. O prazo máximo oferecido pelos bancos é de 60 meses.

 

Leasing

 

As operações de leasing registraram o melhor resultado desde março de 2016. No quinto mês deste ano, o sistema financeiro de crédito liberou R$ 226 milhões, alta de 48,7% em relação a abril, e 52,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. As pessoas jurídicas respondem pelo maior volume de empréstimo, com R$ 197 milhões (aumento de 53,9% no mês, e de 85,8 em relação ao mesmo mês de 2016). Para as pessoas físicas foram liberados R$ 29 milhões (alta de 20,8% no mês, mas queda de 30,9% em doze meses).

No acumulado do ano, no entanto, a curva é descendente. Até agora, foram liberados R$ 748 milhões, queda de 23% em doze meses. As empresas receberam empréstimos de R$ 614 milhões (alta de 4,4% em doze meses), enquanto as pessoas físicas, R$ 134 milhões (recuo de 65,1% em um ano).

 

Saldo das carteiras

 

O saldo das carteiras se manteve estável, atingindo os R$ 161,3 bilhões, mesmo volume registrado em abril, mas 5,9% inferior a maio de 2016. Os financiamentos corresponderam a R$ 157,3 bilhões e o leasing pelos R$ 4 bilhões restantes (redução de 5,4% e 23,1% em doze meses, respectivamente).

O saldo de crédito para aquisição de veículos para pessoas físicas e jurídicas corresponde a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado, esse indicador era de 2,8%, recuo de 0,3 ponto percentual. O volume representa 5,3% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e 10,7% do total das operações de crédito – Recursos Livres.

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