Financiamento imobiliário com recursos da poupança cresceu 57% em 2020

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Guichê do FGTS (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Guichê do FGTS (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança cresceram 57,5% em 2020 na comparação com o ano anterior, segundo levantamento da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Foram liberados R$ 124 bilhões em recursos Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) ao longo do ano passado. Em 2019, os financiamentos imobiliários feitos com recursos do SBPE somaram R$ 78,7 bilhões. O volume de crédito para aquisição de imóveis, concedido em 2020, superou os R$ 112 bilhões de 2014, que era o recorde até então.

Em dezembro de 2020, o financiamento imobiliário alcançou os R$ 17,5 bilhões, mais do que o dobro dos R$ 8,7 bilhões registrados no mesmo mês de 2019.

Do total liberado em crédito no ano passado, a maior parte – R$ 93,9 bilhões – foi usado na compra de imóveis, sendo 80% deles usados. Os R$ 30 bilhões restantes foram usados para a construção de novas unidades.

A partir do desempenho do setor, a previsão da Abecip é que os financiamentos imobiliários com recursos da poupança continuem a crescer neste ano e alcancem os R$ 157 bilhões, uma elevação de 27%.

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A associação também estima uma expansão do crédito imobiliário com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em 2020, os empréstimos a partir dos recursos do fundo chegaram a R$ 53 bilhões e, para 2021, a previsão é que o montante fique em R$ 56 bilhões.

Já o preço médio de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² recuou 0,46% em dezembro, enquanto o preço médio de locação desse segmento apresentou queda de 0,13% no mesmo período. Comparativamente, esses resultados foram inferiores à variação do IPCA/IBGE (+1,35%) e do IGPM/FGV (+0,96%) no mês. No caso do preço médio de venda, a variação negativa foi impulsionada pelo comportamento do preço médio em: Brasília (-2,23%), Salvador (-0,90%), Porto Alegre (-0,77%), Rio de Janeiro (-0,58%) e Belo Horizonte (-0,54%), ao passo que a variação do preço médio de locação foi influenciada pelo declínio do valor médio dos imóveis comerciais nas cidades: Rio de Janeiro (-0,69%), Belo Horizonte (-0,30%), Niterói (-0,20%) e Curitiba (-0,19%).

O preço médio de venda de imóveis comerciais ampliou a queda nominal para 1,21% no acumulado do ano, ao passo que o preço médio de locação do mesmo segmento acumulou uma queda de 1,07% ao final do mesmo período. Para fins de comparação, a inflação acumulada em 2020 supera as variações citadas, tanto no caso do IPCA/IBGE (+4,52%) quanto IGP-M/FGV (+23,14%). A queda nominal no preço médio de venda de imóveis comerciais foi influenciada, nesse intervalo, pelo recuo do preço médio observado em cidades como: Brasília (-6,60%), Belo Horizonte (-3,74%), Rio de Janeiro (-3,56%), Niterói (-2,92%), Porto Alegre (-2,77%), Curitiba (-0,49%) e Campinas (-0,43%). Já com respeito ao preço de locação, os recuos mais expressivos em 2020 incluíram: Rio de Janeiro (-6,04%), Curitiba (-3,97%), Florianópolis (-1,28%), Belo Horizonte (-0,74%), Porto Alegre (-0,31%) e Salvador (-0,19%).

Em dezembro de 2020, o valor médio do m² de imóveis comerciais nas cidades monitoradas pelo Índice FipeZap foi de R$ 8.392/m², no caso de imóveis comerciais anunciados para venda, e de R$ 37,04/m², entre aqueles destinados para locação. Entre todas as 10 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap Comercial, São Paulo se destacou com o maior valor médio tanto para venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² (R$ 9.591/m²), quanto para locação de imóveis do mesmo segmento (R$ 43,90/m²). Comparativamente, no Rio de Janeiro, os preços médios de venda e de locação de salas e conjuntos comerciais anunciados foram de R$ 9.286/m² e R$ 37,60/m², respectivamente.

 

Com informações da Agência Brasil

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