Financiamentos de veículos no primeiro semestre têm melhor marca desde 2011

Primeiro semestre fecha com grande procura por seguro automóvel

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Vendas de automóveis (foto da ABr, arquivo)
Vendas de automóveis (foto da ABr, arquivo)

Os financiamentos de veículos novos e usados, das categorias leve, pesados e motos totalizaram 3,4 milhões de unidades no primeiro semestre deste ano, um aumento de 23,8% em comparação com o mesmo período de 2023. Foram cerca de 650 mil unidades financiadas a mais do que se verificou entre janeiro e junho do ano passado.

A melhoria da renda e o fato desses bens servirem de garantia aos contratos de financiamento ajudam a explicar esse resultado, melhor desde 2011, quando 3,7 milhões de unidades foram vendidas com o auxílio das linhas de crédito.

As informações são da B3 que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG). De acordo com os registros de financiamento feitos pelo sistema bancário, o segmento de veículos comerciais e leves cresceu 21% no primeiro semestre deste ano em comparação ao primeiro semestre de 2023; os financiamentos de veículos pesados (caminhões para transporte de cargas) cresceram 15,8% e a categoria de motos foi a que registrou maior avanço, com evolução de 31,5%. Do total de 3,4 milhões de unidades financiadas, 1,2 milhão de unidades corresponderam a financiamentos de veículos novos.

O gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado da B3, Gustavo de Oliveira Ferro, disse que o resultado apurado no primeiro semestre deste ano, com aumento dos financiamentos de veículos novos e usados, é reflexo do aumento da concessão de crédito para este segmento por parte dos bancos, melhoria da renda e maior disponibilidade de recursos para as linhas de financiamentos com garantia real, no caso, os próprios veículos, caminhões e motos. As taxas de juros oscilaram entre 1,27% e 1,91% ao mês – base de abril de 2024.

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Já o último relatório de síntese mensal divulgado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) aponta que o seguro automóvel seguiu em crescimento. Os dados revelaram que a arrecadação de prêmios no seguro auto foi de R$ 22,68 bilhões apenas considerando os 5 primeiros meses de 2024, valor 2,2% superior ao do mesmo período do ano passado.

Em 2023, o total de prêmios do seguro automóvel chegou a R$26,99 bilhões no primeiro semestre do ano, um aumento de 18,3% em comparação a 2022. Segundo Eucrésio Neto, diretor regional Norte Nordeste da Lojacorr, maior rede de corretoras de seguros do país, o que se vê com esses dados é uma constância de crescimento pela busca do seguro auto.

“Há vários fatores a serem considerados. Houve um aumento de emplacamentos de veículos, os produtos do seguro auto também ficaram mais atrativos, com mais tecnologia e acessibilidade, devido às inovações. Além de estar ainda mais personalizados para o perfil dos clientes e contarem com corretores cada vez mais preparados para atender o mercado”, explica.

Quanto ao emplacamento, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) anunciou que este ano já houveram mais de 848,8 mil emplacamentos, um aumento de 15,74% se comparado ao ano passado. De acordo com a federação, os dados refletem o impacto do crédito mais abundante e melhor índice de confiança por parte dos consumidores e empresários, apresentando alta, tanto em junho como nesse acumulado do primeiro semestre de 2024.

Para Andreta Jr., presidente da Fenabrave, a tendência é cada vez mais aumentar esse consumo. Com a sanção da lei que regulamenta o Programa Mover, as montadoras deverão se sentir estimuladas a investir em novos produtos, o que deverá impactar, consequentemente, nas vendas nos próximos anos. A instituição destacou ainda que os emplacamentos acumulados até junho são os melhores para o período desde 2014.

“É uma consequência. Quanto mais veículos serem adquiridos, mais seguros serão contratados”, explica o diretor da Lojacorr. Porém, Neto alerta que hoje a pessoa deve estar atenta e protegida também em outros itens de seu cotidiano. E por isso, apesar de fundamental, não é só o seguro automóvel que o brasileiro deve investir. E nesse papel de conscientizar que o corretor deve participar e ofertar mais amplamente as demais coberturas. “Não adianta atender o cliente apenas no segmento de automóveis. Junto ao seguro auto há outras demandas que o setor deve suprir. Por isso, é necessário que o corretor ofereça proteção para a vida, saúde e patrimônio do cliente. Isso só é possível por meio do investimento em capacitação.” Segundo ele, a capacitação contínua é a chave para fortalecer o mercado de seguros, principalmente na região norte e nordeste do país, onde o seguro auto é carro-chefe.

“Corretores bem capacitados podem oferecer um atendimento mais abrangente e de qualidade, contribuindo para o crescimento e fortalecimento do setor.”

Com informações da Agência Brasil

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