Em fevereiro de 2025, os financiamentos com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) somaram R$ 12,74 bilhões. Foi o melhor resultado histórico para um mês de fevereiro. Em relação a janeiro, houve queda de 5,5%. Entretanto, comparado a fevereiro de 2024, verificou-se alta de 21,8%.
Nos primeiros dois meses de 2025, o volume financiado foi de R$ 26,2 bilhões, com crescimento de 30,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos últimos 12 meses, entre março de 2024 e fevereiro de 2025, foram financiados R$ 192,8 bilhões com recursos da poupança SBPE, crescendo 28,3% em relação aos 12 meses precedentes.
Em fevereiro de 2025 foram financiados, nas modalidades de aquisição e construção, 36,3 mil imóveis. Comparado a janeiro, houve redução de 5,9% e em relação a fevereiro do ano passado, verificou-se elevação de 18,7%.
No primeiro bimestre do ano, foram financiados 74,8 mil imóveis com recursos da poupança SBPE, crescendo 27,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em fevereiro, a poupança SBPE registrou captação líquida negativa em R$ 5,1 bilhões, confirmando a prevalência histórica da ocorrência de mais saques que depósitos para esse mês. Isso é parcialmente explicado pela concentração de gastos típicos de início de ano, como IPTU, IPVA, despesas escolares, entre outros. Para honrar esses compromissos, parte dos poupadores fazem uso de suas reservas para reforçar o orçamento doméstico, levando as cadernetas a mostrarem captação líquida negativa nesse período.
A poupança de fevereiro encerrou o mês com saldo de R$ 757,2 bilhões, ficando muito parecido com o de janeiro. A captação líquida negativa não conseguiu reduzir substancialmente o saldo, uma vez que foi praticamente anulada pelo crédito do rendimento. Com isso, o saldo caiu apenas 0,04% em relação a janeiro. Comparado a fevereiro do ano passado, cresceu 3%.
Na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa Selic deve avançar, alcançando 14,25%, conforme apontam as expectativas do mercado. Essa elevação impacta diretamente o crédito imobiliário, tornando os financiamentos bancários ainda mais caros. Para quem deseja adquirir um imóvel, essa alta representa parcelas mais elevadas e um custo final significativamente maior devido aos juros compostos. Diante desse cenário, o consórcio imobiliário surge como a melhor alternativa, pois permite a compra sem juros e com um planejamento financeiro mais saudável.
Além de não ter juros, o consórcio possui uma taxa de administração muito menor do que os encargos cobrados pelos bancos em financiamentos tradicionais.
“Enquanto um financiamento pode dobrar o valor final pago pelo imóvel devido aos altos juros, a taxa de administração do consórcio, a taxa do consórcio varia entre 1% a 1,5% ao ano, enquanto do financiamento imobiliário está entre 12% a 15% ao ano”. Além disso, com uma estratégia bem planejada, é possível ser contemplado rapidamente dando um lance de apenas 30% do valor do bem, garantindo assim a carta de crédito para a compra do imóvel. Desde a última reunião do Copom, que subiu para 13,25% os juros, tivemos uma alta de 42% na busca por consórcios”, ressalta Pedro Ros, CEO da Referência Capital.
Segundo ele, “o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, após semanas consecutivas de altas na previsão da inflação, dessa vez mostrou uma ligeira queda nas projeções. Entretanto, isso é insuficiente para conter a alta da Selic na reunião de quarta, que deve avançar, indo para 14,25%. Um dos setores mais afetados será a construção civil, com a taxa de financiamento sendo elevada. Agora, mais do que nunca, o consórcio vira a melhor alternativa para a compra do imóvel, sendo possível dar um lance embutido de apenas 30% e após ser contemplado as prestações podem ser pagas com o próprio aluguel gerado pelas plataformas de locação”.
Um exemplo prático dessa estratégia é a possibilidade de obter uma renda passiva com o aluguel do imóvel adquirido via consórcio.
“Por exemplo, se comprar um imóvel no valor de R$ 300 mil e este for alugado por meio de plataformas como Airbnb, com uma ocupação média de 20 dias no mês e uma diária de R$ 250, a receita mensal pode chegar a R$ 5 mil. Esse rendimento cobre as parcelas do consórcio, e gera um fluxo de caixa positivo, garantindo um investimento sustentável e lucrativo”, finaliza o executivo.