Fiocruz vai liderar pesquisa da OMS no Brasil

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, vai liderar no Brasil pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que será realizada simultaneamente em diversos países. O objetivo é avaliar, em menos tempo, medicamentos mais seguros e eficazes para tratar a infecção pelo coronavírus. Entre eles, a cloroquina e hidroxicloroquina.

Os que comprovarem melhor resposta terapêutica passarão a fazer parte do protocolo de tratamento. No Brasil, serão fabricados em Farmanguinhos, vinculado à Fiocruz, para abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda não há data para início e término da pesquisa clínica.

O estudo envolverá centros de pesquisa em 18 hospitais públicos ligados a universidades públicas no Distrito Federal e nos estados do Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Essas unidades se tornarão referência para casos graves da doença.

No Rio, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, os estudos serão feitos em instalações em construção em área da Fiocruz em Manguinhos. O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, vinculado à Fundação, fará a supervisão clínica dos 200 leitos exclusivos de tratamento intensivo e semi-intensivo para pacientes em estado grave infectados pelo coronavírus. O instituto já atua como referência no atendimento a pacientes graves com covid-19.

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Centro Hospitalar

São R$ 140 milhões para a construção do Centro Hospitalar Fiocruz, destinados pelo Ministério da Saúde. Neste novo espaço, também serão realizadas ações do ensaio clínico Solidariedade (Solidarity), da Organização Mundial da Saúde (OMS). A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, reforça que a instituição está comprometida em auxiliar o Sistema Único de Saúde (SUS). “A unidade hospitalar se somará aos esforços dos governos estadual e municipal para ampliação do acesso a leitos de UTI e ventilação mecânica, reduzindo a sobrecarga no sistema de saúde e, com isso, a letalidade da doença”, informou.

A construção do Centro Hospitalar Fiocruz será dividida em duas etapas, a primeira levará 40 dias e contará com 100 leitos, sendo 50 para tratamento intensivo e 50 para semi-intensivo. A expectativa é de que, ao final de dois meses, toda a obra, com o total dos 200 leitos, já esteja concluída.

Todos os leitos do Centro terão isolamento para infecções por aerossóis (partículas leves que ficam suspensas no ar) e serão operados em condição de assistência para pacientes em alta complexidade. A unidade hospitalar contará também com um sistema de apoio diagnóstico para todos os exames necessários, incluindo os de imagem, como tomografia computadorizada. O novo Centro Hospitalar funcionará como um centro de referência, não oferecendo atendimento à demanda espontânea do estado. O acesso se dará pelo sistema de regulação do Estado do Rio de Janeiro.

O Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 contará ainda com uma força de trabalho extra. A Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) convocará profissionais para trabalhar na nova iniciativa. Nesta primeira fase serão cerca de 600 vagas para médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. Em um segundo momento, serão convocados também nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e especialistas como cardiologistas e nefrologistas, e profissionais de apoio administrativo. As inscrições já estão abertas e os profissionais podem se inscrever para participarem do processo seletivo até o próximo dia 3 de abril.

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