A agência de classificação de risco de crédito a Fitch Ratings afirmou, nesta quinta-feira, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ e o Rating Nacional de Curto Prazo ‘F1+(bra)’ do Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. (CS Brasil). A perspectiva do Rating Nacional de Longo Prazo é estável. O rating AAA é o mais alto e mede a capacidade e disposição do emissor em questão de honrar com suas obrigações com os credores.
Os ratings do CS Brasil consideram a visão da Fitch sobre a moderada propensão de suporte, em caso de necessidade, de seu controlador em última instância, o UBS Group AG (UBS Group, IDR – Issuer Default Rating – Rating de Inadimplência do Emissor – de Longo Prazo A, perspectiva estável).
No Brasil há mais de 30 anos, o CS Brasil apresenta longo histórico em wealth management, asset management e investment banking. “O Brasil continua sendo um foco de atuação do UBS Group, que, em 19 de março de 2023, anunciou a aquisição do Credit Suisse Group AG (Credit Suisse), antigo controlador em última instância do CS Brasil. Em 31 de maio de 2024, UBS AG e Credit Suisse AG fundiram-se, mantendo apenas o nome UBS AG. O Credit Suisse AG deixou de existir e todos os seus ativos, passivos e contratos foram transferidos para o UBS AG”, destacou o relatório da Fitch.
Os ratings do UBS Group refletem a expectativa da Fitch de que uma integração bem-sucedida com as subsidiárias do Credit Suisse pode, em última análise, fortalecer o diversificado modelo de negócios, a bem-executada estratégia e a liderança global do UBS em wealth management, ao adicionar atividades como private banking, asset management e banco de investimento com ambições moderadas em termos de escala e apetite por risco, focado em apoiar o negócio de wealth management.
Negócios
Os perfis de negócios, de risco e financeiro do CS Brasil permanecem estáveis, não tendo impacto direto nos ratings, mas influenciam moderadamente a percepção da Fitch sobre suporte. Dado o processo de reestruturação decorrente da recente mudança de controlador, a administração local tem atuado de maneira mais conservadora, desalavancando o balanço e fortalecendo suas posições de liquidez e capital. “O CS Brasil possui fortes índices de qualidade de ativos e baixo apetite por riscos. Créditos na categoria de risco ‘D-H’ e inadimplência estavam próximos a zero em 2022 e no fim de dezembro de 2023”, citou o relatório.
O documento diz que dada a menor atividade no balanço local, os indicadores de rentabilidade de 2023 foram menores, mas ainda positivos. Com o novo organograma, decorrente da reestruturação global do Credit Suisse, a Fitch espera mais atividade e melhoras de rentabilidade. O índice resultado operacional/ativos ponderados pelo risco era de quase 1% em dezembro de 2023 e de 4,7% em dezembro de 2022.
Os indicadores de capital melhoraram em dezembro de 2023 na comparação com o fim do ano anterior. O indicador de CET1 subiu para 28,1% em 2023, de 23,7% e 14,9% respectivamente, em dezembro de 2022 e 2021. A maior parte da captação do CS Brasil vem de sua matriz ou de outros membros do grupo controlador. O banco tem priorizado reforçar sua liquidez no balanço local, dada a restruturação do grupo.
Sensibilidade dos ratings
Fatores que podem, individual ou coletivamente, levar a uma ação de rating negativa/rebaixamento: os ratings do CS Brasil podem ser rebaixados caso ocorram alterações negativas relevantes na classificação e na Perspectiva de sua matriz em última instância, o UBS Group; mudança do entendimento da Fitch sobre a probabilidade e a disposição de sua matriz prover suporte ao banco, em caso de necessidade.
Fatores que podem, individual ou coletivamente, levar a uma ação de rating positiva/elevação: os ratings nacionais do CS Brasil estão no nível mais alto da escala nacional da Fitch e, portanto, não podem ocorrer elevações.