Fitch: ‘BB-’ a Notas Seniores de US$ 750 milhões do Banco do Brasil

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A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu, nesta sexta-feira, o Rating de Longo Prazo ‘BB-‘ à emissão de US$750 milhões em notas seniores sem garantias do Banco do Brasil S.A. (BdB). A emissão foi realizada por meio da agência do banco nas Ilhas Cayman e possui prazo de cinco anos, com pagamento de juros anuais de 3,25%, citou o relatório da agência.

O Banco do Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 5,5 bilhões no 2º trimestre, de acordo com balanço divulgado em agosto. O resultado representa uma alta de 72,1% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 3,2 bilhões). A agência explicou que o rating está alinhado ao da proposta de emissão de notas seniores, atribuído em 13 de setembro de 2021 à Proposta de Emissão de Notas do Banco do Brasil, com Vencimento em 2026.

O rating final da emissão corresponde ao IDR (Issuer Default Rating – Rating de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira do BdB e está equalizado ao de suas outras dívidas seniores sem garantias.

Segundo o relatório, os ratings do BdB são equalizados aos IDRs do Brasil (‘BB-’/Perspectiva Negativa) e são sustentados, ainda, pelo Rating de Viabilidade (RV) do banco. Na visão da Fitch, o banco receberia suporte do governo federal, se necessário. Isto reflete o controle acionário majoritário do governo federal, o papel relevante na implementação de políticas econômicas, particularmente no crédito rural, além da sua importância sistêmica.

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A Fitch acredita que o governo brasileiro tem alta propensão a prover suporte ao BdB, caso necessário. No entanto, sua capacidade de fazê-lo diminuiu, como demonstrado pelos sucessivos rebaixamentos do rating soberano.

O RV, os IDRs e os ratings de emissão de dívida do BdB podem ser afetados por possíveis mudanças nos ratings soberanos do Brasil e/ou pela propensão de o soberano prestar suporte ao banco, em caso de necessidade.

O RV do BdB pode ser afetado negativamente se o seu índice Capital Regulatório Nível 1 cair para abaixo de 9% e/ou se seus índices de capital regulatório se aproximarem dos requisitos mínimos, em decorrência da combinação de deterioração da qualidade dos ativos, enfraquecimento da rentabilidade ou crescimento acima do esperado.

Os ratings de crédito em escala internacional de Instituições Financeiras têm o melhor cenário de elevação (definido como o 99º percentil de transições de ratings, medido em uma direção positiva) de três graus ao longo de um horizonte de rating de três anos; e o pior cenário de rebaixamento (definido como o 99º percentil de transições de ratings, medido em uma direção negativa) de quatro graus ao longo de três anos.

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