A agência norte-americana de classificação de risco Fitch elevou o rating do Brasil. Noves fora o desespero de bolsonaristas e neoliberais mais ortodoxos, como lembrado pelo Monitor Mercantil (“Dólar não disparou, bolsa não desabou…”), o que significa a melhora na nota de classificação de risco?
Significa uma economia saindo da UTI, claro; o mínimo que se poderia esperar após a saída de Paulo Guedes e sua equipe ultraortodoxa. Mas representa também um apoio às medidas que o Ministério da Fazenda tem adotado, que vão na direção do que deseja o mercado financeiro, com algumas diferenças aqui e ali.
O calabouço fiscal em fase de aprovação no Congresso mantém a trava aos investimentos do governo e aos gastos sociais, enquanto seguem liberados os gastos financeiros.
A reforma tributária mantém a concentração de impostos no consumo, enquanto a mudança na tributação sobre a renda – que faria toda a diferença – fica para sabe-se lá quando Arthur Lira quiser (e ele não deve querer).
Na mudança dos impostos, bancos e agronegócio mantêm privilégios, da mesma forma como continua a isenção fiscal para petroleiras estrangeiras, aprovada em 2017, na chamada MP do Trilhão.
O Banco Central segue fixando os mais altos juros do mundo, sem que o governo tente peitá-lo de modo contundente – que significaria peitar os interesses do mercado financeiro.
Fitch, o rating e o mercado
Isso tudo quer dizer que não houve avanços na política econômica? Não. O governo avançou, mas de forma tímida e em pontos secundários.
A correlação de forças políticas trava muitas iniciativas do governo, especialmente a agenda econômica. Mas surfar na onda da valorização do real e da baixa no preço das commodities não garante o futuro, nem tira o País da armadilha do baixo crescimento.
Feitiço contra o feiticeiro

Arábia Saudita e vizinhos já gastaram mais de US$ 2 bilhões para levar jogadores para fazer “lavagem de imagem” das ditaduras que mandam nesses países.
A maioria jogava em times europeus, que agora sofrem com a potência financeira saudita, da mesma forma como os clubes da Europa tiram jogadores das Américas, África e Ásia.
O que impede – ao menos por enquanto – um êxodo maior é a vontade dos jogadores em se manterem em evidência, evitando o ostracismo bilionário.
Rápidas
Será realizado entre 8 e 9 de agosto, no Rio de Janeiro, o Sebrae Global Experience, evento de internacionalização para micro e pequenas empresas do Brasil. Inscrições aqui *** “Inovação, Finanças & Natureza” acontecerá em 10 de agosto, em Belém (PA), no contexto da Cúpula da Amazônia. Inscrições para participação presencial: [email protected]. Transmissão online via Zoom *** O Américas Shopping apresentará, neste domingo, às 17h, a peça infantil A Pequena Sereia *** Combrasil expande atuação e inicia operação em Minas Gerais *** Neste final de semana acontece, na Cidades das Artes (RJ), a Expo Favela Innovation, feira de negócios que reúne empreendedores e startups das favelas. A Facha, em parceria com a Cufa, compõe a Arena Universitária. No sábado, dia 29, às 10h45, haverá a palestra “Marketing e Criatividade no Mundo Digital” com o professor Victor Azevedo. Inscrições aqui.
















