Fitch mostra o panorama de gestão de recursos no Brasil

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Agência de classificação de risco Fitch Ratings
Fitch Ratings. Foto: divulgação

A indústria brasileira de fundos teve captação líquida (a entrada descontando a saída) de R$ 369 bilhões em 2021 (6,1% em relação aos ativos sobre gestão do início do ano), apesar de resgates de R$102 bilhões em dezembro, a maior captação anual desde o início da série histórica, em 2002. Isso resultou em um crescimento de relevantes 12,7% dos ativos sob gestão (Assets Under Management – AUM) no período. A agência de classificação de risco Fitch publicou um relatório nesta sexta-feira (28) sobre o tema.
O mercado avalia que a crise de Covid-19 ficou para trás na indústria de fundos de investimento brasileira devido ao volume captado, maior valor da série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), entidade que representa o mercado de capitais e de investimentos. A série começou em 2002.
Os fundos de renda fixa receberam o maior volume, R$215 bilhões (9,8% em relação ao AUM do início do ano e contribuindo para um aumento do AUM de 15,6% no ano), devido ao aumento de 725 pontos base (pbs) das taxas de juros, para encerrar o ano em 9,25%, em meio a pressões inflacionárias e incertezas econômicas.
Segundo a Fitch, apesar dos resgates nos últimos quatro meses do ano, os fundos multimercados também atraíram fluxos, com entradas de R$60 bilhões (alta de 10,3% no AUM), enquanto os fundos de ações ficaram praticamente estáveis, com ingressos de apenas R$202 milhões. Os FIDCs, fundos estruturados, captaram R$77 bilhões, mas concentrados em uma única operação.

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