Foco da diretoria é trabalhar para desalavancar a Cemig

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A diretoria da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) tem pela frente o foco de desalavancar à companhia, de acordo com o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Fabiano Maia Pereira, durante teleconferência com analistas para falar sobre os resultados do primeiro trimestre do ano. Para isso, a companhia decidiu que vai vender ativos.

“A Cemig está fazendo uma reavaliação do portfólio para permitir a diminuição da dívida no médio prazo. O covenants é estatutário, por isso levamos uma solicitação [AGU] para manter esse covenants um pouco acima do estatutário”, disse o executivo.

O total da dívida consolidada da companhia foi de R$ 15,3 bilhões em 31 de março, 0,88% maior do que o saldo em dezembro de 2015. A alavancagem da Cemig ao fim do trimestre era de 4,39 vezes a relação dívida líquida por lajida. A dívida líquida total da empresa atingiu o valor de R$ 11,9 bilhões no final do trimestre.

Questionado por analistas sobre quais ativos poderiam ser colocados no mercado, o diretor não quis dar detalhes, mas afirmou que o plano já possui inclusive algumas iniciativas aprovadas pelo Conselho de Administração.

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“A gente tem que ter consciência de que a Cemig é uma companhia grande, com uma governança complexa. Nos últimos meses tivemos um trabalho muito grande de convencimento sobre a necessidade dessa estratégia… Conseguimos finalizar isso, alguns movimentos já estão aprovados pelo Conselho e a gente está em negociação”, afirmou.

O executivo negou, no entanto, que esteja no plano a venda da fatia da Cemig na Renova Energia, empresa voltada a investimentos em fontes renováveis, ou das participações da companhia nas hidrelétricas de Santo Antônio e Belo Monte.

“Na Renova somos co-controladores, temos interesse em que a companhia se mantenha forte… Santo Antônio, Belo Monte, ainda são projetos greenfield que ainda vão demorar a gerar caixa… Não é esse o caminho, a princípio.”

O diretor financeiro afirmou ainda que a Cemig buscará aumentar a eficiência de sua unidade de distribuição de energia, a Cemig-D, responsável pelo fornecimento em Minas Gerais, que teve prejuízo de R$ 40 milhões no trimestre.

A companhia anunciou, inclusive, o adiantamento de um futuro aumento de capital de R$ 410 milhões para a subsidiária. “Fizemos uma capitalização para reduzir a alavancagem… a intenção é que a produtividade aumente consideravelmente, já temos estudos demonstrando que isso é possível”, afirmou Pereira.

A Cemig teve lucro líquido de R$ 5 milhões no primeiro trimestre, com recuo de 99,7% ante mesmo período de 2015.

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