Fed eleva juros em 0,25 ponto: ‘Inflação diminuiu um pouco, mas continua elevada’

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Sede do Federal Reserve em Washington
Sede do Federal Reserve em Washington (Foto: Joshua Roberts/Ag. Xinhua)

Nesta quarta-feira, o Fomc, Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) responsável por decidir a taxa de juros nos EUA, divulgou relatório cujos indicadores apontam crescimento modesto do gasto e da produção. Segundo o documento, “os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação diminuiu um pouco, mas continua elevada.” Como esperado, o Fed elevou a taxa em 0,25 ponto percentual, para o nível mais alto desde novembro de 2007.

De acordo com o órgão, “o Comitê busca alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo. Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu aumentar a faixa-alvo para a taxa dos fundos federais de 4,5% a 4,75%. O Comitê antecipa que os aumentos em curso na faixa da meta serão apropriados para atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva para retornar à inflação para 2% ao longo do tempo”.

Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, lembra que o teto do Fed era de 5% a 5,4%, “então, digamos que estamos na fase final de aumentos dos juros”. A alta foi abaixo do que poderia ser, 0,5 ponto, portanto “os mercados reagem positivamente. É uma boa notícia para o mercado de renda variável”.

Beto Saadia, economista e sócio da BRA-BS, destaca que Jerome Powell, presidente do Fed, quer evitar que os investidores já incorporem nas suas ações a expectativa de uma queda dos juros no segundo semestre deste ano. O Fed optou pelo aumento de 0,25 ponto e por endurecer o tom no discurso, “orientando que irá prolongar o ciclo de aperto de taxas e deixá-lo alto por mais tempo do que está desenhado nas curvas de juros futuras”.

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Ainda segundo o Fomc, a guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas e está contribuindo para aumentar a incerteza global. “O Comitê está altamente atento aos riscos de inflação”, diz.

De acordo com o órgão, “o Comitê busca alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo. Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu aumentar a faixa-alvo para a taxa dos fundos federais de 4,5% a 4,75%. O Comitê antecipa que os aumentos em curso na faixa da meta serão apropriados para atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva para retornar à inflação para 2% ao longo do tempo. Ao determinar a extensão dos aumentos futuros no intervalo da meta, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, as defasagens com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os desenvolvimentos econômico-financeiros. Além disso, o Comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito em seus planos anunciados anteriormente. O Comitê está fortemente empenhado em retornar à inflação ao seu objetivo de 2%.”

Matéria atualizada às 19h36 para inclusão de comentários sobre a decisão do Fed

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