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Os benefícios pagos pela Previdência Social são o principal motor da economia em sete de cada dez municípios do país. Das 5.566 cidades brasileiras, 3.875 (70%) têm os benefícios previdenciários como a maior fonte pública de renda, superando inclusive o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), espécie de mesada repassada pelo Governo Federal. As informações são do presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Álvaro Solón de França.

Bombardeio ao Brasil
A estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre lembra cena emblemática do clássico Corações e Mentes. Enquanto o diretor  Peter Davis mostra os efeitos da destruição provocada por bombardeios dos aviões estadunidenses, vietnamitas, em tom irônico, comentam: “Esses estadunidenses são engraçados: jogam bomba na gente e depois se surpreendem com a destruição.”
A mesma surpresa acaciana se faz presente pelas consequências da mistura de aperto fiscal, juros reais astronômicos e valorização do real. Caso, nessas condições, e numa conjuntura de estagnação mundial, o Brasil não visse sua economia desacelerar, o ministro Guido Mantega e sua equipe seriam reconhecidos como criadores da primeira teoria econômica em que a retração dos gastos públicos e a remuneração escandalosa dos rentistas produzem crescimento.

Único
Álvaro França acrescenta que a Previdência pública brasileira “é o maior sistema de redistribuição de renda do mundo”: “Não existe um sistema público de previdência fundado no sistema de repartição em lugar nenhum do mundo que tenha esse efeito redistributivo”, observa o auditor, responsável pelo livro A Previdência Social e a Economia dos Municípios, cuja sexta edição, atualizada, foi lançada na Câmara dos Deputados, no último dia 29.

Feliz ano velho
Fim de ano, hora de renovar as promessas. E assim fez a Supervia, que explora a concessão de trens urbanos no Rio de Janeiro. A previsão de que os novos e supermodernos trens chineses entrariam em operação dia 2 passado foi substituída por nova promessa, tendo como prazo “janeiro de 2012”. O Governo do Estado – que comprou 30 composições por quase US$ 10 milhões cada – acha tudo muito natural. A Secretaria de Transportes protocolou uma multa de, aproximadamente, R$ 178 mil para a SuperVia pelo atraso. Além de irrisória, alguém acredita que será paga?

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Balzaquiana
O Museu Nacional de Belas Artes abre, nesta quinta-feira, exposição da artista plástica Monica Barki, com uma retrospectiva de seus 30 anos de carreira. Com curadoria de Luiza Interlenghi e organização do produtor de arte Paulo Branquinho, a mostra apresenta 127 trabalhos abrangendo todas as fases da artista, entre desenhos, estudos com colagem, gravuras, pinturas, assemblages, ensaios fotográficos, vídeos e máquinas em diferentes técnicas e dimensões.

Correto
Acusado pela Polícia de participar na venda de um fuzil AKS-74U para o traficante Nem, o líder comunitário William de Oliveira, da Rocinha, gozava de grande prestígio junto ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Em vídeo, postado em 11 de agosto de 2010 – http://www.youtube.com/watch?v=2PFYkHlhwGs&feature=player_embedded – após um bate-bola com crianças da comunidade, Cabral, instado a dar um depoimento sobre o ex-presidente da associação de moradores local, não economiza elogios: “O William é o cara que mais pede pela Rocinha, que mais luta pela Rocinha que eu conheço. E é sempre um prazer, porque são sempre pedidos corretos, em defesa da população da Rocinha.”

Bala fora
William da Rocinha era um dos principais incentivadores da campanha pelo desarmamento. Como presidente da associação de moradores, participou da cerimônia de entrega de um prêmio da ONG Viva Rio, em 2004.

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