Food service representou 28% das vendas de alimentos em 2021

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Restaurante self service (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Restaurante self service (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

O setor de alimentação fora do lar foi um dos mais afetados pela recente crise sanitária vivenciada mundo afora. Apesar dos desafios, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), o chamado food service foi responsável por 28% das vendas da indústria alimentícia em 2021, com valores acima dos R$166 bilhões, e a expectativa é de crescimento para 2022.

Fortalecido principalmente pelas modalidades de consumo via delivery e take away, como reflexo do isolamento social, novas tendências são esperadas para o food service este ano. O avanço da vacinação, assim como a retomada de alguns segmentos, que passaram a operar normalmente nos últimos meses, trazem um cenário otimista aos operadores do setor e àqueles que pensam em começar um negócio na área de alimentação nos próximos meses.

Entre as principais tendências esperadas para 2022, os estabelecimentos que investirem em instalações e operações que visem a segurança dos consumidores saem à frente. Espaços abertos e bem ventilados, food trucks, adoção de cardápios em código QR, atendimentos automatizados, e claro, a continuidade das modalidades de delivery e retirada são algumas delas. De acordo com uma pesquisa da consultoria Galunion em parceria com a Qualibest, 82% dos clientes têm buscado estabelecimentos com áreas abertas. Outro levantamento feito pela consultoria apontou que 85% dos operadores pretendem manter o delivery, principalmente em virtude de um panorama que ainda não garante o fim da pandemia. Destaque também para os operadores que atuam por meio de dark kitchens, as cozinhas voltadas apenas para entregas. Segundo dados do Euromonitor, esse tipo de operação pode alcançar o faturamento de um trilhão de dólares até 2030. Com investimentos mais baixos e faturamentos mais altos, a tendência mostra-se vantajosa para 2022 e além.

Quando se trata de alimentação fora do lar, o setor é muito amplo e já passou por diversas tendências nas últimas décadas: a onda das paletas mexicanas, churros, pipocas, hambúrgueres artesanais e tantas outras. Em 2022, no período pós-pandemia, os consumidores mostram maior preocupação em manter a alimentação saudável, com menos alimentos processados e mais ingredientes naturais. Esse segmento vem crescendo entre os pequenos negócios, apresentando diversas oportunidades de investimentos. Entre os microempreendedores individuais, as atividades desse ramo que mais apresentaram aumento no primeiro semestre de 2021, se comparado com o mesmo período de 2020, estão a fabricação de produtos de padaria e confeitaria, com predominância de produção própria, com 50,8% de incremento. O setor de Restaurantes apresentou um crescimento de 28,44%, seguido de lanchonetes que cresceu 23,66% e produção de alimentos para consumo domiciliar, com 22,62%.

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De acordo com a analista de competitividade do Sebrae, Mayra Viana, a pandemia ampliou a preocupação com a alimentação, dividindo o público em duas fases.

“No primeiro momento, muitas pessoas se dedicaram a aprender a cozinhar, escolher os ingredientes e preparar seus alimentos. Depois, com o movimento de retomada, muitos tomaram gosto por uma alimentação mais equilibrada, com menos processados e mais alimentos frescos”, explica Mayra.

A analista acrescenta que essa tendência, de selecionar os alimentos que serão consumidos fora do lar, veio para ficar.

“A preocupação com a saúde e bem-estar é algo permanente. Quando as pessoas fazem escolhas saudáveis e saborosas não têm por que deixar de consumir”, comenta.

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