Fortalecimento das FIDCs e Debêntures abre espaço para o crescimento de empresas fora do agro e do setor imobiliário

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Painel da Bolsa (Foto: divulgação)
Painel da Bolsa (Foto: divulgação)

O mercado de securitização tem observado, nos últimos anos, o fortalecimento de operações envolvendo CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) como fontes majoritárias de recursos. Essas modalidades ganharam força e relevância, a tal ponto que deixamos de analisar a existência de outros instrumentos financeiros que atendem segmentos de negócios além das obras e do campo. E que, sim, fazem a diferença para organizações em busca de crescimento.

FIDCs e Debêntures são fundamentais nesta equação de crescimento operacional e têm conduzido uma revolução silenciosa na cessão de crédito para empresas. Dados da Anbima apontam essa evolução. No primeiro trimestre de 2022 quase R$ 700 milhões de debêntures foram emitidas em operações de securitização. O número aumentou quando comparado com os três primeiros meses de 2023: até aqui, foram mais de R$ 2,5 bilhões de operações na mesma modalidade.

Esse movimento é particularmente relevante para organizações em setores como saúde, alimentos, energia renovável e, claro, uma crescente procura por parte de fintechs. Essa modalidade de crédito se consolida, portanto, como uma das principais fontes do mercado de capitais para pequenas e médias empresas do setor que buscam ir além do crédito bancário.

Diante das novas resoluções da CVM que darão acesso às pessoas físicas a esse tipo de fundo, a hipótese é a de que o volume de operações dessa natureza aumentará ainda mais. Soma-se a isso uma nova legislação para os FIDCs, que proporcionará uma transformação no modelo tradicional das securitizadoras.

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Na medida em que se ampliam as opções de financiamento, portanto, é preciso estabelecer ofertas de securitização que se conectem à gestão de recebíveis e a produtos bancários que facilitem o acesso a operações de crédito estruturado. As securitizadoras deverão se adequar a esse novo momento com novas soluções em que o conhecimento e a tecnologia serão fundamentais para novas e crescentes demandas.

Com mais agilidade e acesso, organizações de todas as origens poderão constituir seus legados com mais recursos e eficiência. O mercado de capitais tem facilitado a construção de um futuro ainda mais promissor para o acesso ao crédito. É assim que uma nova onda de financiamento e resultados poderá ocorrer. Para as mais diversas indústrias via mercado de capitais, do campo para a cidade, e dali para onde mais os negócios puderem surgir e crescer.

* Helder Antoniazzi, é head de crédito estruturado na Opea

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