O Brasil se consolidou como líder na transição energética na América Latina e um dos países mais bem posicionados globalmente para avançar em direção a um modelo energético mais sustentável, de acordo com o Índice de Transição Energética (ETI) 2025, publicado nesta quarta-feira pelo Fórum Econômico Mundial (WEF).
O país ficou em 15º lugar entre 118 nações avaliadas, superando potências como o Reino Unido (16º) e os Estados Unidos (17º). O Brasil obteve uma pontuação de 65 em 100, acima da média global de 56,9 pontos, enquanto na região latino-americana foi o único país classificado entre os 20 primeiros na lista do ETI.
De acordo com o relatório, o Brasil é um “player de liderança” na transição energética na América Latina devido ao progresso na adoção de energia limpa, à diversificação da matriz energética e ao compromisso político com o desenvolvimento sustentável. “Em 2024, o investimento em energia limpa em países emergentes deverá ultrapassar US$ 300 bilhões pela primeira vez, liderado pela Índia e pelo Brasil”, destacou o relatório.
O ETI baseia-se em 43 indicadores que medem duas grandes categorias: desempenho energético (segurança, sustentabilidade e equidade) e prontidão do país (fatores como ambiente político, acesso a financiamento e infraestrutura).
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O relatório também elogia o Brasil por iniciativas inovadoras, como as licitações de energia híbrida eólica e solar, consideradas um exemplo na atração de investimentos verdes no mundo em desenvolvimento.
Globalmente, a edição de 2025 do ETI indica que 65% dos países melhoraram suas pontuações, enquanto 28% progrediram nos indicadores de segurança energética, sustentabilidade e equidade.
China alcança melhor posição em transição energética
A Europa e a Ásia emergente foram as regiões com maior progresso. Na primeira, foram observadas melhorias em infraestrutura e equidade energética, enquanto na segunda, o progresso foi impulsionado principalmente por investimentos limpos, impulsionados pela China, que alcançou o 12º lugar, sua posição mais alta no ranking até agora.
Entre os cinco primeiros países no ranking global está a Suécia (77,5 pontos), que ocupa o primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo, seguida pela Finlândia, Dinamarca, Noruega e Suíça.
O Fórum Econômico Mundial alerta, no entanto, que ainda existem desafios significativos e propôs três prioridades globais para acelerar a transição: redefinir a segurança energética, abordar questões de infraestrutura e reduzir os desequilíbrios de investimento, especialmente em países emergentes.
Com informações da Agência Xinhua