Metade dos executivos de grandes empresas globais acreditam que a Internet vai alargar a diferença entre as nações desenvolvidas e as em desenvolvimento; 38% apostam no oposto. Esta conclusão faz parte da III Pesquisa Anual, feita com 1.020 dirigentes de empresas, divulgada pela PricewaterhouseCoopers no Fórum Mundial de Economia, que se realiza em Davos, Suíça. Noventa por cento dos entrevistados afirmaram que o crescimento dos negócios via Internet dependem do estabelecimento de padrões globais de segurança, privacidade e autenticação.
Negócios turbinados
Segundo a pesquisa da Price, a maior parcela do comércio na rede mundial envolve negócios empresa-empresa. Esse fato ocorre na América do Norte (51% das transações via Internet), Europa (40%) e Ásia (35%). Na América Latina, porém, é exceção: negócios entre empresa e consumidor lideram as transações na rede (34%). Um quarto das companhias pesquisadas não tem qualquer negócio na Web. O maior percentual ocorre na Ásia (33%), vindo a seguir América Latina (30%), Europa (25%) e América do Norte (13%).
A Internet causa entusiasmo entre os executivos latinos: 5% deles afirmaram que obtém através da rede 20% de suas vendas – percentual superior ao registrados nos Estados Unidos e três vezes maior que na Europa. Até 2005, 30% dos executivos da América Latina esperam obter 20% de seu faturamento via Internet, previsão superior ao de qualquer outra região pesquisada.
O setor financeiro deve ter o maior impacto com os negócios eletrôncios nos próximos dois anos, acreditam 42% dos executivos. A seguir vêm o setor de consumo de bens (26%) e comunicação e entretenimento (23%).
Surfistas iniciantes
Apesar do otimismo, os executivos ainda estão engatinhando na Web. Quarenta por cento responderam que “surfaram” mais de 10 dias nas quatro semanas que precederam a pesquisa – no ano passado eram apenas 25% que foram à Web por outros motivos que não ler e-mails. Mas apenas metade dos entrevistados já fizeram alguma compra via Internet – na Ásia 70% nunca compraram na rede.
Bem comportado
No início do ano passado, quando o PT elegeu o deputado José Genoíno para líder do partido na Câmara dos Deputados, esta coluna expressou dúvida pertinente à trajetória do parlamentar: seria Genoíno o líder da oposição junto ao Governo ou seria o representante do Governo junto à oposição? A atuação do PT ao longo da gestão de Genoíno parece ter tirado qualquer dúvida que ainda se pudesse ter à época.
Bem comportado II
O apoio do líder do PDT na Câmara, deputado Miro Teixeira, ao projeto de responsabilidade fiscal – que estende a estados e municípios a política econômica imposta à União pelo FMI – revela que as ilusões sobre as supostas vantagens de ser oposição confiável ainda encontram adeptos em partidos não oficiais.
Renova
A nova diretoria da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) toma posse hoje, às 18h, no Clube de Engenharia, no Centro do Rio. Encabeçada pelo engenheiro Fernando Siqueira, a nova chapa promete manter o combate sem tréguas ao neoliberalismo que tem marcado a atuação da entidade.
Univitelinos
A imperceptível diferenciação entre os candidatos neoliberais à Presidência do Chile ainda repercute no eleitorado. O jornal El Mercurio realizou enquete em seu site na Internet para saber se o presidente eleito Ricardo Lagos, da Concertacion, deveria convidar para seu Governo pessoas ligados a seu adversário Joaquín Lavín, candidato do grupo de Pinochet. Resultado: das cerca de 1.500 pessoas que participaram da consulta, 63% concordaram com essa participação, contra 35% que foram contrárias, enquanto 2% disseram não saber.