A ajuda financeira recebida do governo por causa da pandemia da Covid-19, possibilitará aos franceses uma poupança em torno de 160 bilhões de euros, entre os anos de 2020 e 2021, um teto próximo das projeções do Banco Central do país. A previsão é dos economistas do Observatoire Français des Conjonctures Économiques (OFCE), especializado em conjunturas econômicas, tomando como base a ajuda financeira dada pelo governo por causa da pandemia da Covid-19.
Segundo o censo de 2019, a França tinha 67, 06 milhões de habitantes. Em 2021, o valor do salário mínimo francês corresponde a 10,25 euros por hora, o que totaliza 1.554,58 euros (salário bruto) por mês (35 horas semanais de trabalho). De acordo com as taxas de câmbio e conversão de moeda desta sexta-feira, esse valor equivale a R$ 10.386,93.
Além da França, em todas as grandes economias ocidentais as pessoas receberam uma gorda ajuda financeira do governo durante a crise sanitária. Então, na França, Alemanha e Estados Unidos, a chave para a retomada da economia estaria nas mãos do consumidor. Mas a pergunta que não quer calar nesses países é se esse consumidor vai gastar toda a sua poupança acumulada durante a pandemia, e em quanto tempo.
De acordo com o jornal francês Les Echos, uma parcela dessas pessoas que conseguiram guardar não viu nem mesmo o seu faturamento baixar. “E em razão das restrições sanitárias e o medo da pandemia, eles foram impedidos de consumir”, citou uma reportagem publicada esta semana no jornal.
Rendimento de 19,5%
Segundo dados do observatório francês, o percentual da economia deve alcançar 19,5% do rendimento bruto disponível do francês este ano, após ter ultrapassado 21% em 2020. “Esse excesso de poupança Covid representa uma reserva de crescimento importante agora”, explica Christophe Blot, economista do OFCE.
O governo francês investiu em torno de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em medidas de proteção da economia durante a pandemia. Em maio de 2020, o teto de gastos era de 450 bilhões de euros. O governo chegou a pagar 70% do salário bruto de funcionários privados que não estavam trabalhando para evitar demissões. O teto corresponde a quatro salários (mínimo) e meio. Pouco mais de um milhão de empresas acionaram esse dispositivo e 12 milhões de pessoas receberam o pagamento.
Segundo dados do Observatório francês, este ano o percentual economizado deve chegar a 19,5% do rendimento bruto disponível do francês, após ter ultrapassado 21% em 2020. “Esse excesso de poupança Covid representa uma reserva de crescimento importante agora”, frisou Christophe Blot, economista do OFCE, que é um organismo independente de pesquisa, previsão e avaliação das políticas públicas criado em 1981.
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