De acordo com dados da última análise do Índice de Frete Edenred Repom (IFR), o preço médio do frete por quilômetro rodado em toda a Região Sudeste no mês de fevereiro foi de R$ 7,63, o que representa uma alta de 1,46% ante janeiro.
“Na Região Sudeste, o preço médio do frete por quilômetro rodado apresentou uma leve alta em fevereiro. Esse cenário é reflexo direto da força econômica da região, que concentra a maior parte das atividades industriais e de logística do País, fator que gera uma demanda constante por transporte. Além disso, fatores como a alta do preço do diesel em fevereiro, também contribuíram para esse aumento”, comenta Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom.
Já o Índice ABCR, medido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, referente a março, apresentou queda de 1,1% na comparação dessazonalizada com fevereiro. Mantida a comparação dessazonalizada, o resultado decorreu da queda de 2,2% de veículos leves contrastando com a alta de 0,2% de veículos pesados.
Comparado ao mesmo período do ano passado, o índice total avançou 2,4%, devido ao crescimento de 2,2% de leves e 2,9% de pesados.
Nos últimos 12 meses, o índice total acumula avanço de 2,8%, fruto do aumento de 2,3% de veículos leves e 4,3% de pesados.
“O resultado de março se deveu exclusivamente à retração no fluxo de veículos leves, que mais do que devolveu o crescimento observado em fevereiro. Os dados reforçam a dinâmica errática do segmento no início de 2025, ainda que os níveis se mantenham aquecidos. Entre os vetores positivos, destacam-se as condições aquecidas do mercado de trabalho, com efeitos positivos sobre o consumo das famílias – embora já se percebam sinais de perda de fôlego. Por outro lado, atuam negativamente sobre o orçamento familiar as condições mais restritivas de crédito e as pressões inflacionárias”, comentam os analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Gonçalves.
“O fluxo de veículos pesados, por sua vez, manteve-se relativamente estável nos últimos dois meses, mantendo o patamar mais elevado após o resultado de janeiro (3,4%). O desempenho reforça o cenário de menor ritmo de expansão da demanda de transporte de carga, em linha com o enfraquecimento observado no varejo e, especialmente, na indústria. Em contrapartida, a expansão da produção agrícola contribui positivamente, diante dos resultados da colheita de grãos – como soja e milho -, e deve movimentar de forma mais substancial o transporte de carga nos próximos meses”, completam.
No Rio de Janeiro, o fluxo total variou -0,2% comparado a fevereiro na série dessazonalizada. O resultado contou com queda de 0,7% de leves e alta de 2,5% de pesados. Na comparação com março de 2024, o índice total registrou alta de 3,2%. O resultado foi determinado pela alta de 3,4% de leves e, em menor intensidade, 2,2% de pesados, mantida a comparação interanual.
Nos últimos 12 meses, o índice total acumula avanço de 3%, fruto do aumento de 2,3% de veículos leves e 6,1% de pesados.
Já em São Paulo, o fluxo pedagiado total de veículos apresentou queda de 0,9% na comparação dessazonalizada. Mantida a comparação livre de efeitos sazonais, o segmento de leves teve baixa de 1,8% enquanto pesados se manteve estável (0%).
Em relação ao mesmo período de 2024, o índice total aumentou 1,2%. O fluxo pedagiado de veículos leves cresceu 0,9% e veículos pesados mostrou alta de 2,3%.
Nos últimos 12 meses, o índice total acumula avanço de 2,6%, fruto do aumento de 2,1% de veículos leves e 4,4% de pesados.