A Comissão de Inquérito sobre a Crise Financeira (FCIC, em inglês) e a Comissão Dodd-Frank do Congresso norte-americano mostraram características reais das agências de classficiação de risco. O presidente da FCIC, Phil Angelides, qualificou a Moody”s como “uma fábrica de triplo As” – em 2006, foram 30 classificações máximas por dia. Os títulos lastreados por hipotecas agraciados com tal classificação atingiram um montante US$ 869 bilhões, mas, após a eclosão da crise, 83% deles foram drasticamente rebaixados.
Os critérios são tão – digamos – intangíveis que uma das agências recorreu à proteção da Primeira Emenda – pedido rejeitado por um juiz federal do estado do Novo México (EUA). O dispositivo da Constituição norte-americana é aquele que trata sobre o direito à liberdade de expressão, ainda que para avaliações e opiniões comprovadas como falsas.
Mão única
No Brasil, os setores que mais se destacam na utilização do Twitter como ferramenta de negócios são os de Automóveis, Telecomunicações, Companhias Aéreas e Varejo – estes três últimos são os que mais conquistam a atenção do consumidor.
“Ainda há muito por ser feito, pois pontos como escuta e conversação ainda são pouco trabalhados. Nossa análise demonstra, por exemplo, que 44% das contas têm um volume praticamente nulo de conversação, que é a troca de informações entre seguidor e empresa”, afirma Maria Isabel Leitão, gerente da IZO Brasil, que realizou o estudo Twitter Engage, com 75 empresas de grande porte, para analisar e questionar como se relacionam com seus clientes pelo microblog.
As empresas de Automóveis, Telecomunicações e Companhias Aéreas brasileiras, que têm 100% de presença no Twitter. As companhias de Planos de Saúde são as menos presentes: 12,5% possuem perfis na rede social, sendo que 40% têm perfis inativos.
Cartão de visitas
Correspondentes internacionais no Brasil que queiram trocar o papel de RP da política de segurança do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), pelo jornalismo investigativo têm uma pauta incontornável. Após uma visita à cúpula da Secretaria estadual de Segurança do Rio, na Central do Brasil, para ouvir uma exposição sobre o sucesso das UPPs, basta caminhar não mais do que um minuto para se depararem com grupos de dezenas de consumidores de crack, com toda a degradação inerente a pessoas nessa situação.
Invisibilidade
O convite aos correspondentes internacionais não implica qualquer restrição aos coleguinhas cariocas. Mas, com a blindagem 6.0 ofertada ao governador Sérgio Cabral pelo monopólio das comunicações no Rio, desconfia-se que esse tipo de pauta faça muito pouco sucesso nas redações locais. Aqui, por exemplo, fotos vinculando Cabral à terceira tragédia seguida provocada pelas enchentes no estado continuam inacessíveis ao público.
Bandeira
“O mundialismo não é apenas um sistema econômico selvagem (…) é também uma ideologia que vai além da simples globalização e que visa a uniformizar as culturas, encorajar o nomadismos na circulação permanente de pessoas entre um continente e outro, tornando-as intercambiáveis, até transformá-las em anônimas; nesse sistema o indivíduo não conta mais; reduz-se a nada mais que uma unidade de produção ou de consumo num mundo sem fronteiras onde os territórios se equivalem.”
O discurso, que poderia ter sido pronunciado por qualquer candidato progressista, é de autoria de Marine Le Pen, provável candidata da Frente Nacional, da extrema direita francesa, nas eleições presidenciais.
Vácuo
Aproveitando-se do vácuo deixado pela capitulação do Partido Socialismo (PS) ao neoliberalismo e com um discurso que combina críticas à cúpula da União Européia com xenofobia, a Frente Nacional atrai fatias importantes do eleitorado, podendo se tornar, no mínimo, um importante eleitor no segundo turno.