Apontado pelo mercado financeiro global como o aluno mais bem comportado da vez, o México, todavia, convive com o fato de 70% da sua população não ter conta bancária – desbancarizados no palavrão do economês. Ainda mais emblemáticas são as razões apontadas pelos ouvidos pelo levantamento, feito pelo portal mexicano Media Telecon: temor despertado pelo banco, perda de tempo e desconfiança.
Vão aderir?
Surfando a onda da relação distante da população em relação ao sistema financeiro mexicano, a Pandemobile lançou uma plataforma com o mesmo nome, que permite a qualquer celular se converter em uma conta de poupança, que pode ser utilizada para fazer pagamentos em estabelecimentos e de serviços, como luz, água e telefone, compras pela internet e receber remessas do exterior, entre outras funções. Resta saber se driblar os temores que o sistema financeiro desperta se resolve apenas com novas tecnologias.
Bolsa Privatização
Para quem ainda não alcançou o significado da expressão parceria público-privada (PPP) – nome substituto para driblar o constrangimento petista ao aderir à privataria tucana – o futebol, com sua força pedagógica, fornece caso exemplar. Embalado pela força da novidade, o primeiro jogo do Campeonato Brasileiro no Estádio Mané Garrincha, entre Santos x Flamengo, é um sucesso na arte de fazer dinheiro. Com ingressos que variam de R$ 160 a R$ 400, incluindo camarotes que saem a R$ 28 mil, a perspectiva é de arrecadação de R$ 10 milhões, o que, se concretizado, constituirá recorde de renda no futebol brasileiro.
A parte mais emblemática, porém, vem da repartição do bolo. O Flamengo não receberá um centavo do arrecadado, por ser clube visitante. O Santos, que vendeu a partida para uma empresa de marketing, ficará com só R$ 800 mil – noves fora o percentual que precisa transferir à cartolagem da Federação Paulista de Futebol. Ao Governo do Distrito Federal, que colocou R$ 1,5 bilhão do contribuinte na arena, caberão módicos R$ 4 mil, que serão pagos pela Federação Brasiliense de Futebol.
Obrigado
Não bastasse subsidiar lucros milionários de particulares, o contribuinte de Brasília ainda é obrigado a ouvir a explicação da Secretaria Extraordinária da Copa do DF, que alegou não fazer sentido alugar o estádio, por se tratar de evento teste para a Copa do Mundo. E que o Governo de Brasília não deixou de ganhar dinheiro, tendo na verdade, “deixado de gastar com a realização de um evento obrigatório”. Por R$ 10 milhões, não faltariam voluntários para substituir o governo de Agnelo Queiroz (PT) na realização dessa obrigação.
Recuperação
Seis em cada dez alunos das escolas públicas possuem computador em suas casa; 44% entre alunos do ensino público e 54%, no ensino privado, acessam a internet pelo celular; pela primeira vez desde 2010, a forma de aprendizado do uso do computador ou da rede mais citada pelos estudantes foi “aprendeu sozinho”. É o que mostra a terceira edição da pesquisa TIC Educação, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
A internet está presente na grande maioria das escolas públicas, mas a velocidade ainda se mostra como uma limitação importante de acordo com diretores e professores. O número de equipamentos disponíveis por aluno também é uma restrição. Os resultados completos da pesquisa estão disponíveis em www.cetic.br/educacao/2012/
Faca afiada
Cresce o movimento dos açougueiros interessados em tomar conta do sindicato da classe, dirigido por Orlando Diniz, que também preside a Fecomercio-RJ. Integrada por tradicionais profissionais, a chapa de oposição já está praticamente formada. O motivo é a insatisfação com a atual gestão. As maiores reclamações são o fechamento de vários açougues em todo o Estado do Rio. Segundo os comerciantes, ser açougueiro hoje é pejorativo.
Desavisados
Como não aperfeiçoaram seu português, os investidores dos Estados Unidos não tomaram conhecimento dos alertas feitos por economistas-banqueiros e colunistas de "jornalões" brasileiros sobre a “combalida” Petrobras. Resultado: os norte-americanos ficaram com 75% dos papéis colocados pela petroleira no exterior, recebendo juros inferiores aos pagos dois anos atrás.