A lista de fundos imobiliários da Bolsa de Valores (B3) reúne mais de 400 nomes. Entre os mais comuns estão os edifícios comerciais – shoppings, hotéis, hospitais, galpões e lajes corporativas – e os títulos imobiliários de empresas. Mas outro segmento tem chamado a atenção em 2022: o fundo imobiliário de cuidados com a morte, afirma a Genial Investimentos
Os números sinalizam que os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) estão no radar dos investidores que buscam ativos de renda variável menos arriscados. A solidez de investir em imóveis por um custo mais baixo e sem a incidência do Imposto de Renda estão entre os principais atrativos desse tipo de investimento. Mas diante da vasta oferta disponível no mercado, é comum que haja dúvidas sobre qual fundo escolher.
A Genial Investimentos cita que o Brazilian Graveyard And Death Care (Care11) é o primeiro fundo de investimento imobiliário listado na B3 que atua com a venda de jazigos e a prestação de serviços funerários e de cremação. Até maio deste ano, ele registrou uma valorização de mais de 70%. A título de comparação, no mesmo período, o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) subiu 0,06%.
O fundo detém 20% do Grupo Cortel, que atua há seis décadas com a administração de cemitérios, funerárias e crematórios – inclusive para animais de estimação – nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas.
O Care11 também controla o cemitério Terra Santa, localizado na cidade de Sabará, em Minas Gerais, e possui jazigos no cemitério Morumby, situado em São Paulo. Segundo os dados do mercado financeiro, o fundo reúne mais de 9 mil cotistas. O patrimônio é estimado em cerca de R$ 290 milhões.
Dividendos
Mas apesar da valorização registrada nos primeiros meses deste ano, o Care11 não possui histórico de dividendos, fator que pode torná-lo menos atrativo aos investidores. A informação da gestora do fundo é que, no momento, a prioridade é o ganho de capital.
Os fundos imobiliários são uma alternativa para quem busca a segurança de investir em imóveis, mas sem a necessidade de desembolsar uma alta quantia como na hora da compra. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) explica que o investimento funciona similar à compra de ações: o investidor adquire cotas, que representam a participação no imóvel.
A remuneração pode ser feita de duas formas: com a repartição dos rendimentos mensais advindos do desempenho do imóvel, como uma espécie de “aluguel”, ou através da venda da cota após a sua valorização. A rentabilidade do fundo é um dos critérios que, segundo a Anbima, deve ser considerado na hora de escolher o fundo.
No entanto, a rentabilidade não é o único critério a ser observado. A B3 explica que, entre as principais vantagens de um fundo de investimento, está a gestão profissional, o que permite que investidores iniciantes ingressem no ramo. Mas por conta disso, é cobrada uma taxa administrativa dos cotistas. Avaliar o valor dessa cobrança é outro aspecto necessário antes de escolher onde investir.
A Anbima também destaca os riscos envolvidos no investimento. No caso de imóveis prontos, chamados “fundos de tijolos”, há a taxa de vacância, a inadimplência e a deterioração. Para títulos de empresas, conhecidos como “fundos de papel”, há o risco de crédito.
Leia também:
Banco Agro: agência para atender pequenos e médios produtores rurais