Fundos imobiliários: quedas chegam a 60% com pandemia

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Com o isolamento social necessário para conter a pandemia do coronavírus, os fundos imobiliários vivenciam um cenário de enormes quedas. É o que aponta levantamento realizado pelo Yubb, maior buscador de investimentos do país. No comparativo entre os 20 fundos com pior desempenho entre 1 de janeiro e 20 de maio, o TRX Edifícios Corporativos aparece em 1º lugar, com desvalorização de 62,21%. O ranking dos fundos que compõem o IFIX (popularmente conhecido como o "Ibovespa dos fundos imobiliários"): Posição | Empresa | Rentabilidade – 1- TRX Edifícios Corporativos: -62,21%, 2- General Shopping e Outlets do Brasil: -52,03%, 3- Edifício Galeria: -46,51%, 4- SP Downtown: -45,93%, 5- Hotel Maxinvest: -43,85%, 6- XP Industrial: -42,79%, 7- Pátria Edifícios Corporativos: -41,70%, 8- Torre Almirante: -40,44%, 9- Brazilian Graveyard and Death Care: -40,31%, 10- Rio Bravo IFIX: -40,19%, 11- Kinea FII: -38,64%, 12- Kiena II real Estate Equity: -38,24%, 13- Malls Brasil Plural: -37,91%, 14- Rio Bravo Renda Corporativa: -37,89%, 15- HSI Mall: -37,55%, 16- Quasar Agro: -37,27%, 17- XP Properties: -35,85%, 18- SDI Logística Rio: -35,80%, 19- Votorantim Shopping: -35% e 20 – Hedge Brasil Shopping: -34,91%.

Dos 20 FIIs do ranking, seis pertencem ao setor de lajes corporativas. “Isso é muito representativo. Esse setor sempre foi um dos favoritos dos brasileiros que gostam de investir em fundos imobiliários, afinal, grandes empresas alugando grandes prédios para trabalhar é ótimo negócio. Mas não agora, com o coronavírus”, explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb.

“Com a crise inicial, a maioria das empresas instituiu o home office e começou a renegociar seus espaços físicos. Isso já fez com que houvesse perda de atratividade e queda na rentabilidade. Agora, muitas instituições estão prorrogando o home office até 2021 e, até mesmo, fechando seus escritórios e aplicando essa estrutura de trabalho permanentemente, situações que podem afetar ainda mais o setor”.

Outro setor que encara quedas é o de shopping centers, que aparece no ranking com cinco fundos. “Parte dos analistas econômicos acredita que os shoppings são os fundos que mais sofrem com a crise. Esses FIIs possuem participação na receita dos imóveis, ou seja, se os lojistas vendem, os fundos também ganham. Com os estabelecimentos fechados, não há vendas e, consequentemente, não há ganhos a ninguém”, pondera Bernardo Pascowitch.

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Representado no ranking por apenas um fundo, o Hotel Maxinvest (5º lugar, -43,85%), o mercado de hotéis também é destaque. “O turismo parou. Ninguém viaja, se hospeda e, consequentemente, os hotéis sofrem. Vale lembrar que, mesmo com o afrouxamento do isolamento social e retomada das atividades, o turismo ainda vai demorar muito para voltar ao normal, sendo um dos últimos setores a se recuperar”, afirma.

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