FUP alerta que navios da Transpetro correm risco de virar sucata

Setor aguarda posição da Petrobras em reunião prevista para início de fevereiro

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Deyvid Bacelar (foto FUP)
Deyvid Bacelar (foto FUP)

Navios encomendados pela Transpetro, em 2010, no antigo Programa de Modernização da Frota (Promef 2), correm o risco de não serem concluídos e entregues, embora estivessem com mais de 80% das obras terminadas quando de sua paralisação em 2014, com a operação Lava Jato.

É o caso dos petroleiros Irmã Dulce e Zélia Gattai, parados no Estaleiro Eisa, na Ilha do Governador: são navios Panamax de até 73 mil toneladas de petróleo bruto (TPB), que estão ameaçados de serem cortados em pedaços e virarem sucata, caso a Petrobras não emita em tempo hábil carta confirmando “demanda firme”, autorizando a Transpetro a finalizar as embarcações.

“Os navios podem ser importantes ferramentas para o transporte de petróleo Brasil afora, compondo a frota da Transpetro”, afirma o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar. Está prevista para o dia 11 de fevereiro reunião solicitada pela FUP para tratar do assunto, com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Transpetro e Eisa.

O BNDES é gestor do Fundo da Marinha Mercante (FMM), agente de financiamento das embarcações. O estaleiro Eisa está em recuperação judicial e conta com as encomendas para enfrentar o problema. Tanto que o estaleiro reabriu sua escola de solda e começou a contratar 80 de um total de 200 soldadores para treinamento e reforço da equipe de mão de obra para a conclusão das obras dos dois navios.

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Segundo a FUP, se o documento da Petrobras não chegar em breve, os navios começam a ser cortados em março próximo, conforme procedimentos previstos no processo de recuperação judicial, que estipulam prazos para o estaleiro efetuar pagamentos a credores.

“Diante do avanço das obras e da necessidade de ampliar a frota da Transpetro, o que precisamos para finalizar a construção de pelo menos um dos dois navios, o Zélia Gattai, e usar o Irmã Dulce como navio cisterna, tanque pulmão no Norte do Brasil”, indaga Bacelar, cobrando resposta dos gerentes-executivos da Diretoria de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras.

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