A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou nesta sexta-feira, um dia após a divulgação pela Petrobras dos resultados do terceiro trimestre, que a companhia cumpre sua missão de ampliar investimentos. A Petrobras reportou investimentos de US$ 4,5 bilhões, no terceiro trimestre, cerca de 30% acima do trimestre passado. Somando os primeiros nove meses do ano, os investimentos chegam a US$ 10,9 bilhões.
Outro ponto destacado pela federação foi o volume de dividendos a ser pago aos acionistas, de R$ 17,12 bilhões (desse total cerca de 28,67% serão destinados ao governo federal). “Não houve o pagamento de dividendos extraordinários, o que revela um importante avanço em relação ao que observamos nos últimos trimestres e uma postura diferente da atual gestão.
De acordo com a federação, foi cumprida a fórmula de remuneração dos acionistas prevista no estatuto da empresa, em sua política estabelecida pelo conselho de administração da empresa.
Lembrando que no segundo trimestre deste ano, a Petrobras pagou em dividendos ordinários um total de R$ 13,57 bilhões.
Ainda assim, o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, faz uma ponderação para a necessidade de reformulação de decisão que está no estatuto social da companhia, tomada pelo CA no passado. “O ideal é que a política de dividendos da Petrobras pague um percentual similar ao que pagam as grandes empresas do setor, de, em média, 37%, 40% do lucro líquido, abaixo, portanto, do percentual médio de 50% da Petrobras”, propõe Bacelar.
A FUP reconhece que a política de remuneração de acionistas vinha sendo ajustada na administração de Jean Paul Prates. “Mas, com Magda, a empresa mostra que paga menos dividendo e não paga dividendos extraordinários. Por outro lado, acelerou projetos, tirou a PBio (do setor de biocombustíveis) da política de desinvestimentos da Petrobras e ampliou em mais de 30% os investimentos da empresa no terceiro trimestre em comparação com mesmo período do ano passado”, destaca o coordenador da FUP.
Segundo Bacelar, a atual administração da empresa dá uma resposta de aposta na E&P (área de Exploração e Produção) e de retomada da Petrobras mais pujante do ponto de vista operacional, e dialogando com o mercado pagando o mínimo de dividendos estabelecido pela política de remuneração dos acionistas.