A Globo Cabo é uma das 20 “pequenas” empresas de todo o mundo que devem explodir nos próximos anos. A aposta é da revista norte-americana Forbes Global, que publica em sua edição de 1º de novembro a lista das 300 melhores pequenas companhias do mundo, versão 1999. A empresa do Grupo Globo, que em agosto recebeu um aporte de US$ 126 milhões da gigante Microsoft (que ficou com 11% do capital), é a única brasileira na lista da Forbes Global. A revista destacou 20, entre as 300, que devem ser as estrelas do ano 2000.
Decadente
A maior parte das empresas da lista das 300 melhores pequenas da Forbes Global é da Ásia e Europa. Da América Latina entram apenas seis empresas, além da brasileira Globo Cabo: duas do México e uma da Argentina, Chile, Colômbia e Peru. Até mesmo o conjunto África/Oriente Médio tem mais integrantes (11) na lista das companhias do futuro.
Em defesa da Petrobras
Sob a coordenação do deputado Paulo Ramos (PDT), líder do Governo Garotinho na Assembléia Legislativa, os deputados estaduais do Rio formaram a Frente Parlamentar Nacionalista Estadual. Lançada no fim de setembro como “um instrumento em defesa da economia e das empresas nacionais”, a frente já conta com o apoio de 43 dos 70 parlamentares estaduais fluminenses, inclusive integrantes da base governista.
No manifesto de lançamento, a frente se declara contra as privatizações e “outros meios de transferência de empresas públicas e estatais para grupos nacionais e Internacionais” e contra a abertura comercial indiscriminada, que arrasou o parque industrial brasileiro, “gerando desemprego, exclusão social, miséria e levando ao desespero as famílias brasileiras”. Lembrando que o Rio responde por 70% da produção de petróleo do País, os integrantes da frente fazem da defesa da Petrobras uma das principais bandeiras de luta.
Vade retro
Bafejado pela ditadura brasileiro, o ex-ditador do Chile Augusto Pinochet foi considerado persona non grata no município do Rio de Janeiro. Esta semana, a Câmara de Vereadores do Rio aprovou, em segunda votação, projeto de lei autoria do vereador Eliomar Coelho (PT-RJ) nesse sentido.
Sem explicações
O ex-presidente Banco Central Gustavo Franco atribuiu à desvalorização do real o aumento, em R$ 100 bilhões, da dívida pública este ano. Franco, que fez a afirmação sem corar, não explicou, porém, por que, como presidente do BC, tomou a temerária decisão de atrelar cerca de 30% da dívida interna a títulos com variação cambial. Nem muito menos por que entupiu as carteiras dos bancos com papéis indexados à variação dos juros, que subiram para 45% ao ano, tão logo a desvalorização do real explodiu.
Saara nordestino
O Ministério do Meio Ambiente revelou que o Nordeste perde cerca de US$ 300 milhões (R$ 600 milhões) ao ano, por conta das áreas desertificadas, quase do tamanho do Estado de Sergipe. Esse tipo de “déficit” o governo não enfrenta, até porque não interessa ao FMI.
Vida dura
Cerca de cinco anos depois da implantação do Plano Real, 93% dos brasileiros consideram dura a vida que levam. A maioria dos que carregam esse sentimento é formada por pessoas que começaram a trabalhar aos 16 anos – metade das quais não contribui para qualquer instituto previdenciário – possuem TV e geladeira, são eleitores em potencial e sem tempo para ações comunitárias. A revelação consta da Pesquisa sobre Padrão de Vida (PPV), suplemento da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) 97, do IBGE, e cuja análise consta do primeiro boletim do Fórum Cândido Mendes, publicado este mês.
Cultura nacional
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara aprovou projeto de lei do deputado Wilson Santos (PMDB-MT) que eleva a alíquota sobre o Imposto de Renda retido na fonte relativo às remessas ao exterior provenientes das produções cinematográficas brasileiras de 25% para 45%. O objetivo é oferecer à produção nacional tratamento diferenciado, pois o que estava acontecendo não era justo, em termos de tributação, segundo o deputado peemedebista. Segundo o deputado Padre Roque (PT-PR), relator do projeto, não se trata de prejudicar a exibição de obras estrangeiras em nosso país e sim canalizar recursos permanentes que estimulem as artes e a cultura nacionais, fazendo como os outros países, que taxam nossas produções de forma rigorosa.
Acredita
A Sadia inaugura, nesta terça-feira, em Caxias, uma fábrica de embutidos (salsichas e lingüiças) no Estado do Rio. Orçada em R$ 39 milhões, a nova unidade foi construída menos de um ano depois do incêndio que destruiu as instalações da empresa naquele município. A decisão da Sadia não deixa de ser uma aposta corajosa na produção. Esta semana, o presidente da empresa, Luiz Furlan, revelou que o ajuste fiscal do governo FH elevou em US$ 20 milhões os gastos com impostos, engolindo a economia de US$ 10 milhões obtidos pela restruturação da empresa, que custou milhares de empregos e cortes de custos. Além de Furlan, devem estar presentes o governador Anthony Garotinho e o prefeito de Caxias, José Camilo Zito.