A Cúpula do G7 que s realizou no Canadá, nesta segunda e terça-feira, não consegue esconder um esvaziamento do grupo que já representou os 7 países mais industrializados do mundo capitalista, em 1975, contando depois com o ingresso da União Europeia. A decadência do bloco e divergências internas foram expressas no enxugamento da agenda: originalmente programada para começar no fim de semana, a cúpula foi encurtada para dois dias e começou oficialmente na segunda-feira. O presidente dos EUA, Donald Trump, deu uma passadinha no Canadá e deixou seus pares falando sozinhos; no mesmo dia, voltou para seu país para decidir o que fazer com Israel e Irã.
A Sputnik Brasil ouviu 2 analistas sobre o G7 e o Brics. Diego Pautasso, doutor em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) aponta que o G7 é uma organização política que representa o centro do sistema mundial emergido pós-Segunda Guerra e toda a institucionalidade derivada dessa época, junto com a ONU, a OMC (ex-Gatt), o FMI e o Banco Mundial.
Pautasso acrescenta que o G7 vem perdendo peso demográfico e econômico. Por isso, busca atrair algumas outras lideranças, entre elas o Brics, que hoje, sobretudo após a expansão, detém “um contingente populacional, econômico e político muito mais representativo”.
Guilherme Conceição, doutorando em relações internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas e pesquisador do Centro de Investigação em Rússia, Eurásia e Espaço Pós-Soviético (CIRE), afirmou à Sputnik Brasil que “a crise do G7 é evidente” e que o grupo hoje “não representa mais o mesmo dinamismo econômico que se tinha há cerca de alguns anos atrás”.
“Em termos de PIB [Produto Interno Bruto, indicador da economia de um país] ajustado por paridade de poder de compra, o Brics já ultrapassou o G7”. Nesse contexto, “em que o G7 perde progressivamente a sua centralidade enquanto diretório informal do capitalismo global, ele tenta se reposicionar, mas está em um processo de reconfiguração defensiva”, afirma Conceição.
Posse na ACRJ
Tomou posse na segunda-feira (16) a diretoria da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) para o biênio 2025/27, tendo na presidência o médico e empresário Josier Vilar, em seu 2º mandato à frente da entidade.
Também tomaram posse o presidente e a vice-presidente do Conselho Superior, Ruy Barreto Filho e Marta Arakaki, e o diretor-secretário, Marco Antonio Moreira Leite, além dos 1º e 2º vice-presidentes indicados, Laudelino da Costa Mendes Neto e Alexandre Accioly. Guillermo Atienza segue no Conselho Diretor representando o Monitor Mercantil.
Josier chamou a atenção para os grandes temas nacionais como segurança pública, Reforma Tributária e o novo código civil. “Agora iniciaremos uma forte discussão sobre a necessária e fundamental implantação de uma reforma administrativa que redignifique o servidor público, que transforme a administração pública em uma estrutura eficiente e a serviço do cidadão.”
A ACRJ apresentou alguns projetos que serão lançados a partir deste segundo mandato, entre eles, o Ninho do Empreendedor, iniciativa que tem o objetivo de facilitar o acesso a serviços e orientações para quem deseja empreender, crescer ou formalizar um negócio no Estado do Rio de Janeiro, no anexo ao prédio da ACRJ, no Centro do Rio, com atendimento consultivo, coworking, espaço para mentorias, assesssorias e eventos, entre outros espaços.
Rápidas
Com Carmen Lúcia e Flávio Dino, Simpósio Internacional sobre Inteligência Artificial e Democracia será realizado em 26 de agosto, na Câmara dos Deputados *** Startup brasiliense transforma compras de bairro em game digital com recompensas e cupons. O app Savvix estreia fase piloto em 1º de julho *** A escola de vendas Vende-C, em parceria com o Joel Jota, realiza imersão em “Liderança de Alta Performance” em 26 e 27 de junho, em SP, com a presença confirmada de mais de 350 empresários e gestores.
