O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, teve déficit de R$ 90,4 bilhões em agosto de 2024. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 1,111 trilhão (9,81% do PIB), queda ante o rombo de R$ 1,127 trilhão (10,01% do PIB) acumulado até julho de 2024. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC).
Os juros nominais do setor público não financeiro consolidado somaram R$ 69 bilhões em agosto de 2024, forte queda frente os R$ 83,7 bilhões em agosto de 2023, oscilação que não é normal. Essa evolução foi influenciada pelo resultado das operações de swap cambial (perda de R$ 10,5 bilhões em agosto de 2023 e ganho de R$ 1,7 bilhão em agosto de 2024).
Em julho de 2024, os juros nominais somaram R$ 80,1 bilhões, valor também influenciado pelo câmbio (perda de R$ 9,9 bilhões).
No acumulado em 12 meses até agosto deste ano, os juros nominais alcançaram R$ 855 bilhões (7,55% do PIB), bem mais que os R$ 689,4 bilhões (6,49% do PIB) nos 12 meses até agosto de 2023. Porém, o resultado de agosto de 2024 foi melhor que o de julho, quando os juros alcançaram R$ 869,8 bilhões (7,73% do PIB).
Os dados do setor público consolidado envolvem governo central (Previdência e Tesouro, além do BC), estados, municípios e estatais.
O BC também divulgou o déficit primário (exclui juros), que foi de R$ 21,4 bilhões em agosto, ante déficit de R$ 22,8 bilhões no mesmo mês de 2023. No Governo Central houve déficit de R$ 22,3 bilhões, e nos governos regionais e empresas estatais, superávits respectivos de R$ 435 milhões e R$ 469 milhões. Em 12 meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$ 256,3 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB, 0,03 ponto percentual (pp) inferior ao déficit acumulado nos 12 meses até julho.