Garantindo um futuro financeiro estável: a importância do planejamento para a aposentadoria

Os desafios da aposentadoria no Brasil e estratégias inteligentes para garantir estabilidade financeira. Por Fernando Lamounier.

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Fernando Lamounier

Na pesquisa anual da Global Pension Report, produzida pela Allianz, o Brasil tem uma das piores previdências do mundo. Em 2023, dentre 75 países analisados no estudo, a previdência brasileira ficou na posição 65º. O principal motivo é o crescimento da população, que futuramente não será suficiente para atender quem está envelhecendo. Isso se dá pelo fato da força de trabalho do país ser a principal fonte pagante da pensão dos atuais aposentados. Dessa forma, é necessário ir em busca de outros meios de investimento para garantir um futuro financeiro estável.


As dificuldades para a aposentadoria no país se tornaram mais severas. Antes era possível se aposentar apenas com tempo de contribuição do INSS. Entretanto, agora, após a mudança na previdência em 2019, só é possível aposentar quem se enquadra em algumas regras: homens com 65 anos e 20 anos de contribuição para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e mulheres com 62 e, ao menos, 15 anos de contribuição. E a aposentadoria por tempo de investimento não é mais prevista.

Como consequência, o número de idosos endividados tem aumentado no Brasil. Segundo o Serasa, em maio deste ano, 12,7 milhões de pessoas com mais de 60 anos estavam com dívidas em atraso, o que representa um aumento de 32,7% quando comparado a 2019.

Um dos contribuintes para a situação do país é o baixo retorno que os aposentados recebem do governo. A média do valor pago pelo INSS é de R$2.006, segundo dados em pesquisa da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). Contudo, ainda, muitas pessoas ainda não pensam em como mudar o rumo de seu futuro financeiro. Aproximadamente 40% dos brasileiros esperam, ainda assim, viver apenas com o benefício do INSS ao se aposentar.

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Diante disso, a população brasileira se deparou com dados chocantes e o planejamento financeiro de longo prazo, para não depender do órgão público, passa a ser essencial. Dentre as opções para investir na aposentadoria estão: planos de previdência privada, Tesouro Direto Renda+, dividendos de ações e fundos imobiliários.

Para quem tem como preferência a previdência privada precisa estar atento a 3 aspectos: tipo de plano (PGBL ou VGBL), esse depende da forma de declaração do imposto de renda do investidor; regime de tributação (progressivo ou regressivo), o regime regressivo depende do tempo da aplicação, já no progressivo, a alíquota dependerá do valor aplicado. E fundo de investimento, ou seja, onde deseja alocar o dinheiro.

Outra opção é a renda fixa, ou seja, o Tesouro Direto, que tem como títulos mais indicados os IPCA. A métrica é a inflação, que tende a ter prazos mais longos e mantém o poder de compra do investidor. A média de rentabilidade em 2022 desse modelo de investimento foi de 9,66% em 2022.

Num contexto desafiador como o atual, é crucial ressaltar a importância dos Consórcios também no planejamento para a aposentadoria. Os Consórcios oferecem uma abordagem estratégica e acessível para aqueles que buscam alternativas inteligentes. Este modelo proporciona a oportunidade de investir de maneira consistente, flexível e colaborativa, permitindo que os participantes construam um patrimônio sólido ao longo do tempo. Ao unir esforços, é possível aproveitar as vantagens dessa modalidade, que se destaca como uma ferramenta versátil e poderosa no caminho rumo a uma aposentadoria tranquila e independente, complementando outras opções de investimento.

Logo, a importância da organização prévia das finanças para se aposentar reside em proporcionar tranquilidade e independência financeira, durante uma fase da vida em que a segurança e o conforto se tornam prioridades cruciais. Assim, evitando imprevistos e transtornos monetários.

Fernando Lamounier é diretor da Multimarcas Consórcios, formado em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com mestrado em Administração pela Yale University e mestrado em Gestão Internacional pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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