A petrolífera Equinor vai construir gasoduto de 4,5km para conectar as instalações de gás do bloco BM-C-33, na Bacia de Campos, à malha de gasodutos da NTS a partir de Macaé. Essa notícia se soma à obra do gasoduto Rota 3, em Itaboraí (da Petrobras), que também se interliga com a rede da NTS.
“Ou seja, os gasodutos chegarão do mar pelo Rio de Janeiro, mas o gás irá para outros estados se não existirem projetos relevantes para o uso do produto dentro do estado, até pela falta de ramais de distribuição internos, ou potencializados por programas agressivos de incentivo fiscal para uso desse gás internamente no Rio”, protesta o ex-secretário fluminense de Energia Wagner Victer.
“Além disso”, prossegue Victer, “e para piorar, o Projeto de Lei das Eólicas Offshore, que retornou da Câmara ao Senado, tem um ‘jabuti’ para forçar o uso desse gás fora do Rio de Janeiro através de termelétricas que estariam fora do subsistema elétrico Sudeste/Centro-Oeste.”
“Jabuti” é o termo usado para pontos incluídos em projetos no Congresso que não têm relação direta com o tema tratado.
Em resumo, o gás extraído no Rio será transportado por gasoduto e aproveitado em outros locais se não existir um governo comprometido com interesses do estado, assim como se não aparecerem empresários dispostos a utilizar o combustível em projetos no solo fluminense.
Prioridades de quem cara-pálida?
Os bancos, através da Febraban, atribuem a melhora no rating do Brasil ao “trabalho sério e focado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do Congresso Nacional, que demonstram compromisso do país com as reformas e com uma abordagem pragmática na condução da política econômica e monetária.”
Que as ações de presidentes do Banco Central agradem as instituições financeiras, isso ocorre desde sempre; que Haddad conseguiu ser o queridinho dos bancos, também já se esperava; agora, “trabalho sério e focado (…) do Congresso Nacional”? Com tantas pautas-bomba que ameaçam as sagradas contas públicas?
Talvez os aplausos se justifiquem pela reforma tributária, que manteve o alívio aos bancos na hora de pagar impostos.
E a Febraban deixa claro qual é a próxima pauta: reforma administrativa, “que deveria ser a nova prioridade do governo em sua agenda de reformas”. Tudo bem que a entidade defenda demissão de funcionários públicos e arrocho salarial, mas justificar dizendo que a “reforma administrativa do Estado vai nos permitir consolidar, ao mesmo tempo, o equilíbrio fiscal e o atendimento às nossas prioridades na área social”?
Essas “prioridades” não parecem casar com as da maioria da população.
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Prêmio para cooperação China–Brasil
Na sexta-feira passada (15), a Câmara Municipal do Rio de Janeiro concedeu o Prêmio de Contribuição Extraordinária a um grupo de instituições e indivíduos que trabalham para promover a cooperação amigável entre o Brasil e a China.
Os ganhadores deste prêmio incluem o Diário do Povo, a Agência de Notícias Xinhua, a Grupo de Mídia da China (CMG) e outras agências de mídia chinesa no Brasil, além de grupos e instituições como o Instituto Confúcio da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Também foram agraciados com o Prêmio o gerente-geral da CNOOC Brasil e presidente chinês do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Huang Yehua, o presidente de Amizade Sino-Brasileira, Chen Bingwen, o presidente da Câmara de Comércio de Zhejiang no Brasil, Zheng Ximao, e outras pessoas atuantes no intercâmbio cultural entre os dois países.
A iniciativa de conceder o Prêmio foi da vereadora Luciana Novaes (PT). Ela disse em seu discurso que a cooperação amistosa entre o Brasil e a China continua a se fortalecer nas áreas de política, economia, cultura e educação.
Tian Min, cônsul-geral da China no Rio, afirmou em seu discurso que nos últimos anos cada vez mais brasileiros desenvolveram um forte interesse pela China tanto pela língua quanto pela cultura chinesas e participaram ativamente da cooperação amistosa China-Brasil e de vários intercâmbios.
O próximo ano marca o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e o Brasil.
Em 15 de agosto deste ano, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro elogiou um grupo de instituições e indivíduos que promoveram a amizade sino-brasileira, incluindo o filial do Diário do Povo na América Latina.
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