Gastos com supermercado aumentaram 28% entre março e dezembro

1151
Supermercado (Foto: Tânia Rêgo/ABr)
Supermercado (Foto: Tânia Rêgo/ABr)

Estudo da startup Mobills em cima de dados de mais de 42 mil usuários do aplicativo em todos os meses de 2020 constatou que os gastos com supermercado aumentaram 28% entre março, início da pandemia no Brasil, e dezembro. As despesas registradas com alimentação no último mês do ano para essa base de análise foram de R$ 3.725.368,89, enquanto o tíquete médio foi de R$ 343,98. O mês que apresentou o maior pico de gastos nessa categoria foi julho, com um percentual 57% maior do que o total gasto em março.

Em março, os gastos registrados com supermercado tiveram uma queda de 13% em comparação com janeiro. Porém, a partir de abril, as despesas nessa categoria aumentaram com base nos dados da amostra, julho foi o mês com o maior pico de gastos com supermercado, registrando um percentual de 36% maior do que o do primeiro mês do ano e 57% maior do que o total registrado em março.

No segundo semestre do ano, as compras com supermercados continuaram maiores do que eram no período pré-pandemia, porém foram apresentando uma tímida queda mês a mês, terminando dezembro com um total de gastos 12% maiores do que em janeiro e 28% maiores do que em março.

“Conseguimos perceber com essa análise que em março, com toda a incerteza sobre a pandemia, os gastos na maioria das categorias foram reduzidos. Mas com as famílias passando mais tempo em casa, os gastos com alimentação aumentaram. Os preços dos produtos em alta também influenciaram este aumento. Nos últimos meses do ano, com mais flexibilidade sobre as medidas de isolamento, os gastos com supermercado apresentaram uma pequena queda, já que parte da população voltou a comer em restaurantes ou optaram por pedir refeições por delivery, por exemplo”, completa Larissa Brioso, educadora financeira da Mobills.

Espaço Publicitáriocnseg

Apesar das variações com o total de gastos, o tíquete médio por usuário não apresentou grandes alterações. Em janeiro, o tíquete médio era de R$ 342,92. Em maio, mês do maior pico do tíquete, a média era de R$ 424,68, o que equivale a um aumento de 24% em comparação com janeiro. Em dezembro a média de gastos registrados ficou em R$ 343,98, um valor muito próximo dos gastos registrados no primeiro mês do ano.

Em relação ao método de pagamento, 28,4% das transações estão associadas a um cartão de crédito.

Em outro estudo, a Mobills analisou dados de mais de 46 mil usuários do aplicativo Mobills entre os meses de janeiro e dezembro de 2020, e constatou que os gastos com os principais aplicativos de entregas focados no delivery de comida (Rappi, Ifood e Uber Eats) cresceram 149%.

A partir do levantamento é possível notar que o mês de dezembro foi considerado o mês com mais despesas com delivery em 2020. Além disso, comparado ao mês de março, início da pandemia e de maior queda nas despesas por aplicativo no Brasil, o aumento foi de 187%. Falando especificamente sobre os aplicativos de delivery, o Ifood foi o que apresentou maior aumento de despesas. Comparando janeiro a dezembro, o app teve crescimento de 172%. Já o Rappi e o UberEats tiveram aumento de 121% e 37%, respectivamente.

O estudo dos dados também analisou a evolução no tíquete médio dos pedidos realizados em cada um dos aplicativos.

A Rappi, que além do delivery alimentício oferece entrega de supermercado, farmácia e compras em geral, se destacou sendo o aplicativo que teve maior aumento no tíquete médio. Em janeiro, o valor médio das transações era R$ 50,51, já em setembro – mês com maior valor de despesa médio por transação – o tíquete médio do aplicativo passou a ser R$ 103,96, aumentando 105%. A média de gastos entre janeiro e dezembro de 2020 foi de 61%.

O Ifood manteve o tíquete médio estável até março, quando começou a apresentar crescimento. Em janeiro e março, os gastos em média eram de R$ 35, em junho, o valor cresceu para R$ 43,36 que sofreu pequena variação até dezembro de 2020, representando 22% de aumento em comparação a janeiro. O Uber Eats apresentou um crescimento de 11,45% em dezembro, com relação a março; e apenas 3,25% quando comparado ao mês de janeiro.

Leia mais:

Inflação pesou mais para consumidor baixa-renda

Confiança do consumidor tem primeira queda desde maio

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui