“Gato” na tuba

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Detalhe destinado a rodapé de página pela mídia “viúva” da Alca ajuda leitores sem antolhos ideológicos a entenderem as razões, também, econômicas para o governo brasileiro passar de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões os recursos pagos ao Paraguai durante a revisão do Tratado de Itaipu. Pelo tratado, o Paraguai, que só usa 6% dos 50% da energia que lhe é destinada, só pode vender o excedente para seu sócio na usina. O Brasil paga de R$ 75 a R$ 76 pelo Megawatt/hora, contra R$ 137 que pagaria no mercado livre de energia. Teriam os opositores do tratado, além de razões ideológicas obsoletas, algum motivo extra para defender o gasto adicional pelo governo?
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Patriotismo limitado?
Ao encaminhar o voto da oposição conservadora contra a revisão do Tratado de Itaipu, o líder da Minoria, senador Mário Couto (PSDB-PA), após beijar a bandeira nacional, declarou “ser nojento votar contra a própria pátria”. Surpresa com o patriotismo que o tema despertou no tucano, a coluna gostaria de saber que tipo de asco despertaram em Sua Excelência as privatizações do interminável Governo FH, bancando com dinheiro do BNDES a transferência de patrimônio público para mãos de estrangeiros?
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Emprego nada virtual
Dados do site de empregos Curriculum mostram que, nos três primeiros meses do ano foram anunciadas mais de 608 mil oportunidades de emprego, aumento de quase 75% em relação ao mesmo período de 2010, quando foram 351 mil anúncios de vagas. No entanto, no ano passado, mais pessoas estavam procurando emprego: foram cerca de 258 mil currículos cadastrados no primeiro trimestre, número que baixou para 242 mil em 2011. Cerca de 61 mil candidatos do site informaram que conseguiram um trabalho novo no primeiro trimestre. Em 2010, no mesmo período, esse número chegara a quase 57 mil.
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Viúvas abandonadas
Estranho silêncio mantêm os “jornalões” que tanto criticaram a sentença contra a iraniana Sakineh Mohammadie Ashtiani, que seria apedrejada, sobre a intenção dos Estados Unidos de interrogarem as viúvas de Bin Laden, utilizando os civilizados métodos aperfeiçoados nos últimos anos em Guantánamo.
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Jornais
A Federação Nacional das Empresas de Jornais e Revistas (Fenajore) já existe oficialmente, após receber do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a carta sindical. O primeiro presidente é Paulo Pimentel, diretor-presidente do jornal Tribuna do Paraná. A Federação conta com cinco sindicatos afiliados.
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Oportunidades
Competitividade e políticas públicas na área de petróleo e gás é tema de fórum internacional que a FGV-SP realizará dia 16 próximo. O evento contará com a presença do professor Christian Ketels, do Instituto de Estratégia e Competitividade de Havard; Marcos Camargo Campagnone, secretaria de Negócios Metropolitanos de São Paulo; e Diogo Ourinio Assmar (Petrobras – Promimp). O evento é gratuito e as vagas, limitadas. Informações: Maria Cecília (11) 3799-7946.
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Novo modelo
Pré-sal não é somente equipamentos. De olho numa fatia do orçamento estimado em US$ 600 bilhões para os próximos 20 anos, o setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC) se reúne dia 6 próximo no seminário Competitividade da Cadeia de O&G e o papel da TIC. A associação das empresas do setor (Assespro-RJ) entregará à Petrobras e à Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) uma proposta de modelo de trabalho chamada “Ecossistema”, com 22 empresas com competências para atender a toda a cadeia produtiva do pré-sal.
“A preocupação é correr contra o tempo para não seguir o modelo do Oriente Médio e Venezuela, que contrataram soluções do exterior”, disse o presidente da Assespro-RJ, Ilan Goldman. Inscrições pelo e-mail [email protected].
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Ônus & bônus
As mudanças, à francesa, das regras sobre a livre circulação de pessoas na União Européia (UE), que se seguem à morte de 63 migrantes que abandonaram a Líbia e foram deixados à deriva durante 16 dias pela Otan e por vários governos europeus, servem para lembrar aos burocratas da UE que nem só do botim sobre o petróleo daquele país será feita a derrubada do governo Kadafi. Há que assumir também o ônus da desestabilização política e social de uma nação constituída, pela ação do colonialismo anglo-francês, por cerca de 100 tribos e subtribos.

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