Gatos gordos

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Consumidores que praticam o furto de energia elétrica, o chamado “gato”, têm de se explicar com a Justiça e a polícia e, alguns estados, caso do Rio Janeiro destinam até uma delegacia exclusiva para esse tipo de ocorrência. Já quando empresas de energia elétrica se beneficiam , durante sete anos, da gambiarra da fiscalização frouxa da agência que, teoricamente, deveria controlá-las para amealhar R$ 7 bilhões a mais dos consumidores, a Aneel diz que, daqui por diante, vai analisar uma forma para ver se é possível, que sabe, que esse ganho ilegal não se repita mais. Sobre devolução do dinheiro, um apagão regulatório.

Sindicato das elétricas
Seja a ser comovente a preocupação explicitada pela Aneel com a situação das empresas de energia elétrica por terem de devolver aos consumidores o que cobram indevidamente desde 2002. Para não obrigar as elétricas a devolverem o valor recebido indevidamente, o diretor-geral da agência, Nelson Hubner, chega a falar em quebra de contratos e em equilíbrio econômico-financeiro. Pena que, quando enfrentam desequilíbrios em seus orçamentos que dificultam o pagamento de suas contas, os consumidores não contam com a mesma boa vontade da Aneel.

Apagão amplo
Poucos funcionários, sistema caindo constantemente, filas intermináveis até para conseguir uma senha. Esse é o perfil da Ampla, empresa de energia privatizada no governo Marcelo Alencar e que tem o monopólio da distribuição em quase todo o interior do Estado do Rio de Janeiro. A Ampla, que, de quebra, ainda detém o título de campeã nacional no quesito tarifa, quarta-feira passada conseguiu provocar queda no sistema simultaneamente em Alcântara, São Gonçalo e Niterói, além na central telefônica 0800.

O silêncio de Serra
Quando houver o desdobramento, no Supremo Tribunal Federal (STF), do mensalão petista, será pauta recorrente, e pertinente, dos jornalões ouvir a opinião da ministra da Casa Civil, Dilma Housseff, sobre a situação de seus companheiros de partidos e/ou aliados. Pelo mesmo critério, os mesmos veículos deveriam indagar dos governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), o que pensam do acolhimento pelo Supremo das denúncias contra o ex-presidente nacional do PSDB Eduardo Azeredo no caso do mensalão tucano. Ter pauta numa única direção soa como, diria a Casa Branca, mais como partido que imprensa.

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Contabilidade
Mais de mil participantes – inclusive da Itália, Espanha, Portugal, Argentina – são esperados para a décima edição do Congresso Internacional de Contabilidade do Mundo Latino – Prolatino, 19 e 20 de novembro, em Uberlândia (MG). Controles internos como combate aos riscos nas empresas, a Contabilidade internacional, problemas do capital circulante nas empresas e as previsões pertinentes ou fluxos de caixa serão alguns dos temas em pauta.

Especulação imobiliária
A tentativa da Prefeitura do Rio de Janeiro de mudar a ocupação dos bairros Vargem Grande e Vargem Pequena vai resultar em favelização, prevê o ex-prefeito Cesar Maia. “Estima-se um adensamento de 100 mil pessoas num período de 15 anos. Observada a relação da Zona Sul e da Barra de cinco moradores (incluindo comércio e escritórios) para um favelado, a região (Vargem Grande e Pequena) receberá progressivamente pelo menos mais 20 mil favelados”, estima. “Missa anunciada”, conclui.

Dupla perda
Ao justificar o fim do repasse à Marinha e ao Ministério da Ciência e Tecnologia do pagamento de roylaties e da participação especial sobre áreas do pré-sal já licitadas, o relator da Comissão Especial que avalia a criação do Fundo Social, deputado Antônio Paloci (PT-SP), produziu um primor do fanatismo fiscal. Segundo Palocci, haveria tantos “recursos de sobra” para os dois ministérios, que eles “são gastos aos poucos”. Os “recursos de sobra” referidos por ele são as verbas contigenciadas em até 80% pela equipe econômica para garantir o pagamento de juros. Ou seja, além de terem recursos desviados para a gastança com rentistas e especuladores, as duas pastas ainda têm de ouvir que são esbanjadoras.

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