O grupo produtor de aço Gerdau já conseguiu levantar US$ 600 milhões com vendas de ativos nos últimos anos e mantém estratégia de revisão de seus ativos no mundo, com ênfase em melhor rentabilidade, afirmou nesta quinta-feira o presidente-executivo da companhia, André Gerdau Johannpeter.
O executivo não comentou prazos ou meta do programa de revisão de ativos durante apresentação a investidores e analistas. Ele citou entre os ativos vendidos usinas como Gallatin (EUA), Forjanor (Espanha), Railway (EUA), Bright Bar (EUA), Sidenor (Espanha), Perth Amboy (EUA) e Sand Springs (EUA).
Johannpeter disse que a Gerdau fechou ou paralisou 2,24 milhões de toneladas em capacidade de produção de aço no mundo e 1,95 milhão em laminados nos últimos meses.
Alavancagem
A Gerdau acredita que a sua alavancagem deve subir até o final do ano, como reflexo de uma variação maior do que o esperado do câmbio. No entanto, de acordo com o diretor de relações com investidores da companhia, Harley Scardoeli, o nível de alavancagem não preocupa, já que a Gerdau deve continuar gerando caixa.
Uma das estratégias da empresa para reduzir a sua dívida e gerar caixa, continua sendo a possível venda de ativos. Apesar de não dar detalhes ou prazos, André Gerdau, afirmou, em reunião Apimec com analistas, que “há negócios e discussões em andamento” sobre seus ativos.
“Temos evitado falar muito disso porque cria expectativas e as coisas são dinâmicas, mudam, mas resolvemos já há cerca de dois anos olhar nossos ativos e fazer uma revisão, analisando quais países queremos operar”, disse ainda Gerdau. Ele explica que a companhia optou por permanecer com as operações que mostram retorno de no mínimo 1% acima do capital investido.
No caso das unidades que não atingiram esse retorno continuam estudando a venda ou outros tipos de operação, como join ventures. Adotando essa estratégia, o executivo afirmou que no futuro vê a Gerdau presente em menos países e produzindo menos toneladas de aço, mas com mais valor.
