Gol

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Horas depois da inesperada vitória do Senegal sobre a França, os papéis da Sonatel (Sociedade Nacional de Telecomunicações do Senegal) – única empresa de telecomunicações do país – dispararam na Bolsa Regional da África Ocidental, fechando em alta de 4,6%, fechando em 22,5 francos CFA, contra 21,5 CFA na véspera. O franco CFA é circula em diversos países da África Central que integram a Comunidade Financeira Africana (CFA). A vitória sobre a antiga metrópole, porém, não a principal razão a operar a alta. No mesmo dia, a empresa anunciou que vai manter inalterado o pagamento de dividendos de 2,610 francos CFA por ação. Por ironia, uma das principais acionistas da  Sonatel é a France Telecom.

Auto-estima
Para além dos números frios da macroeconomia, o desemprego provoca dramas humanos pungentes. Pesquisa da Secretaria municipal do Trabalho de São Paulo mostra que o desempregado se sente culpado por não encontrar nova colocação no mercado de trabalho. Segundo a pesquisa, oito em cada dez desempregados consideram que a responsabilidade por não achar emprego é dele. “O desempregado se sente culpado por não arranjar emprego e não enxerga que não existe emprego porque a economia do país não cresce, não se desenvolve”, analisa o secretário municipal de Trabalho, Marcio Pochmann.
Pochmann observa que, a partir dos anos 90, o país adotou 90 três políticas que contribuíram para a geração do “sentimento de culpa no desempregado”: desregulamentação do mercado de trabalho, ampliação da qualificação e difusão de projetos para empreendedores. “Está na cabeça do desempregado que ele é culpado por não arranjar emprego, que as vagas existem, mas é ele que não tem qualificação ou espírito empreendedor suficiente para se adequar as novas regras do jogo”, disse Pochmann.
Desempregado qualificado
Para Pochmann, essas idéias são um “mito do mundo globalizado”. “O desemprego é maior entre as pessoas com nível universitário que entre os analfabetos. A falta de qualificação não é mais desculpa para o aumento do desemprego. O que falta são vagas”, observa.
Esta semana, pesquisa da secretaria comandada por Pochmann mostrou, nos últimos 20 anos, o Brasil saltou da 9ª para a 2ª do incômodo ranking mundial do desemprego em números absolutos. O país tem menos desempregados apenas que a Índia. De 1980 para 2000, a taxa de desemprego do país avançou de 2,2% para 15% da PEA (População Economicamente Ativa).

Milhões em campo
Pelo menos no ranking da publicidade, a Adidas larga na frente na Copa do Mundo, patrocinando o maior número de equipes que participarão do mundial na Coréia do Sul e no Japão. Das 32 seleções que vão disputar a Copa, dez são patrocinadas pela empresa alemã, que investiu cerca de US$ 100 milhões no evento, entre produção e compra de espaço publicitário.
Profano & sagrado
Entre as seleções patrocinadas pela Adidas, estão algumas são apontadas como favoritas ao título, como  França, Argentina e Alemanha, além de um dos anfitriões (Japão). Além disso, a empresa tem contratos com cerca de cem jogadores que participarão do evento, entre eles alguns dos principais candidatos a estrelas do mundial, como Zinedine Zidane (França), Raúl (Espanha), David Beckham (Inglaterra), Barthez (França), Aimar (Argentina), Del Piero (Itália), Rui Costa (Portugal) e Kaká (Brasil). Na Copa de 1998, torcedores brasileiros inconformados com a derrota de 3 x 0 para a França, na final, fizeram circular na Internet a versão de um suposto acerto entre a Nike, patrocinadora do Brasil, e a Adidas, da França, garantir o título aos anfitriões. Embora fantasioso, o boato ganhou força graça à crescente percepção de que a Copa do Mundo se tornou mais uma disputa entre marcas de materiais esportivos que uma competição entre países.

Exorcismo
Em sua saudação ao congresso “Participação Popular em Políticas Públicas”, realizado entre os últimos dias 25 a 28, em São Luiz, a Pastoral Social da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elogiou a igreja do Maranhão por “desatanizar” a política. “O Congresso, assim, tornou-se marco de relevância histórica no debate das Políticas Públicas no Maranhão. Nele afirmamos que tais políticas,  para serem de fato públicas, exigem que a gestão dos recursos públicos seja efetivamente para o bem-comum e, exclusivamente, na esfera do público”. Para a CNBB, trabalho e renda, Saúde, Educação, reforma Agrária e agrícola, desenvolvimento econômico e social sustentáveis apenas são possíveis com “efetiva participação popular”.

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