Google no samba

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Um dos fundadores do Google, Larry Page foi abordado por uma foliã de Brasília, com quem conversou animadamente durante a segunda-feira de Carnaval, no Sambódromo. Antes de ser reconhecido e ao ser perguntado pela sua profissão, Page se apresentara como webdesigner. Ele estava acompanhado do sócio Sergey Brin.

Monopólio
O sociólogo argentino Atilio Boron bate forte no que identifica como a crescente exclusão do pensamento crítico na mídia:  “Se se fizer uma análise cuidadosa do papel e da composição dos meios de comunicação de massas no capitalismo neoliberal, o que se observa é que se transformaram numa estrutura altamente concentrada, monopólica. Esse canal de expressão, que no passado podia acolher intelectuais críticos, hoje em dia está definitivamente fechado para eles, porque o controle ideológico ali é muito forte”, observa o sociólogo argentino.

Três minutos
Para exemplificar o banimento do pensamento crítico da mídia, Boron cita o clássico exemplo dado pelo falecido sociólogo francês Pierre Bourideu sobre a tentativa de desqualificação da dissidência intelectual: “Bourdieu falava do ridículo que é ir na contramão das idéias dominantes da época. Quando você chega a uma emissora e um jornalista pretensamente aberto, imparcial, diz-lhe: “Explique-me de forma breve por que o capitalismo tem que ser substituído por uma forma de organização econômico-social superior. Dou-lhe três minutos.”

Silenciamento
E acrescenta ao comentar a crítica de Bourdieu: “Três minutos para explicar isso? Demonstra que não existe liberdade de imprensa, porque é evidente que há um espectro muito restrito de opiniões respeitáveis que podem ser divulgadas. O restante do pensamento crítico está condenado ao silenciamento. Isso explica por que surgem na sociedade consensos artificiais, fictícios, manipulados, que revelam a ausência de uma discussão intelectual séria, de um pensamento crítico sério, que em outras épocas, no passado, existia no mundo”, conclui Boron.

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Boi no pasto
Preocupada com as conseqüências da decisão da União Européia (UE) de suspender a importação da carne brasileira, a Câmara Setorial da Carne Bovina Paulista discute os rumos do setor, dia 11, em reunião, na sede da Fiesp, na Avenida Paulista 1.313, às 14h. Para a Câmara, embora o segmento atingido pelo boicote represente apenas 3% do consumo da produção brasileira, a restrição da UE coloca toda a cadeia produtiva da carne bovina em estado de alerta. O setor considera que a suspensão traz “à tona a necessidade de solucionar questões há tempos discutidas, mas não resolvidas”.

Cuidar do curral
Entre as questões que o setor entende que precisam ser atacadas, Constantino Ajimasto Jr, presidente da Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP), aponta a necessidade de habilitação de propriedades pecuárias de acordo com as diretrizes do Sisbov-Eras (Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina).

Mais ou menos
Já está nas livrarias Grande homem mais ou menos ( Bertrand Brasil), de Luís Pimentel. Finalista do prêmio Cruz e Souza, o escritor e jornalista é autor de cerca de duas dezenas de obras literárias. Neste último livro, ele reafirma, através de 27 contos, o domínio da narrativa curta, da construção verbal sem rodeios, intensa, sem jamais abrir mão do ritmo. A viagem, ganhador do 14° Concurso de Contos Luiz Vilela, abre a publicação.

Montanha-russa
As fortes quedas que as bolsas de valores voltaram a experimentar na Quarta-Feira de Cinzas confirmou que o feriado do Carnaval serviu apenas de uma breve trégua para o acirramento da crise financeira mundial.

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