Governança Corporativa e ESG: aspectos necessários a uma integração fundamental

A importância do ESG e da governança corporativa para empresas sustentáveis e competitivas no mercado global: IPOs e capital humano. Por Berlinque Cantelmo.

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*Berlinque Cantelmo

ESG (Environmental, Social, and Governance) e governança corporativa são essenciais para empresas que buscam sustentabilidade e liderança. A pressão de investidores, consumidores e reguladores tornou essas práticas um diferencial competitivo.

Hoje, ESG é um pilar estratégico para expansão e acesso a mercados de capitais, especialmente em IPOs (Initial Public Offerings). Grandes players globais valorizam empresas que adotam práticas ESG em suas operações. Investidores institucionais, como fundos de pensão, exigem transparência e resultados focados em riscos e retornos sustentáveis.

Para empresas em IPO, reduzir impactos ambientais é essencial. Não basta cumprir normas; é preciso inovar. Investimentos em tecnologias limpas e economia circular, bem como metas de redução de emissões, atraem investidores. Relatórios de sustentabilidade alinhados a padrões como GRI e SASB são obrigatórios e influenciam positivamente o valuation.

O capital humano é outro ponto-chave. Diversidade, inclusão e ações em prol das comunidades são vitais. A governança social inclui políticas claras de igualdade, desenvolvimento de talentos e respeito aos direitos humanos. Investidores buscam empresas com diversidade nos conselhos, políticas trabalhistas justas e investimentos sociais.

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Na tríade ESG, a governança corporativa é a mais tangível. Uma estrutura sólida possibilita implementar políticas ambientais e sociais, protegendo os interesses de acionistas e stakeholders. Para se destacar globalmente, as empresas precisam de conselhos independentes, processos transparentes e controles internos eficientes.

Uma boa governança requer um conselho diversificado e independente, capaz de avaliar a gestão executiva. A inclusão de especialistas em ESG nos conselhos ou comitês de sustentabilidade reforça o compromisso da empresa. Esses comitês supervisionam iniciativas ESG, garantem a integridade dos relatórios e integram essas práticas em toda a organização.

A gestão de riscos ganha nova dimensão com ESG, incluindo riscos ambientais (mudanças climáticas), sociais (direitos trabalhistas) e de governança (fraudes). Um sistema de compliance robusto, alinhado a padrões como FCPA e UK Bribery Act, é crucial para prevenir ilícitos e construir confiança.

Transparência é o elo entre ESG e governança corporativa. Relatórios detalhados, divulgação de riscos e engajamento com stakeholders são práticas indispensáveis. Comunicação clara fortalece a reputação e mostra alinhamento às demandas modernas de sustentabilidade.

O valor de uma empresa no IPO e seu desempenho pós-listagem estão cada vez mais ligados à robustez de suas práticas ESG e governança. Estudos mostram que empresas com forte ESG têm menor volatilidade, maior eficiência operacional e melhor acesso ao capital, sendo vistas como preparadas para os desafios da nova economia.

Integrar ESG e governança é o caminho para liderar um mercado global orientado por valores. Empresas que adotam essa integração em sua estratégia atendem a investidores, reguladores e consumidores, pavimentando o crescimento sustentável. Tornar-se um player global em IPO, gestão corporativa e governança requer compromisso contínuo com os princípios ESG e uma governança que priorize transparência e responsabilidade.

Berlinque Cantelmo, empresário e advogado especialista em gestão de pessoas com ênfase em competências do setor público e em gestão com ênfase em business law. Presidente das Comissões de Direito Militar e Segurança Pública da OAB/MG. Membro do LIDE

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