A pesquisa Radar Febraban-Ipespe, realizada entre os dias 14 e 19 de abril, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do país, mostra que mais da metade dos entrevistados seguem aprovando o governo do presidente Lula; 52% declaram aprovar o governo, enquanto 38% desaprovam. O saldo da Aprovação é de 14 pontos positivos.
Em quase todos os estratos demográficos a Aprovação fica acima de 50%, exceto entre os homens (49%) e na faixa etária de 25 a 44 anos (48%). Os níveis mais altos de Aprovação estão no segmento feminino (54%), entre os jovens de 18 a 24 anos (56%) e os de menor renda (54%).
Na questão de Avaliação, a opinião expressamente positiva (ótimo e bom) sobre o Governo Lula é de 39%. Praticamente os mesmos percentuais de entrevistados, em relação à rodada anterior, avaliam o Governo como regular (28%) e como ruim e péssimo (28%). Vale lembrar que a avaliação expressamente positiva obtida pelo Presidente nesse 1º quadrimestre é quase igual ao percentual de sua votação no segundo turno calculado sobre o total do eleitorado. Nas urnas Lula obteve 38,6% contra 37,2% do seu adversário.
Sobre o desempenho futuro do Governo, a expectativa expressamente positiva (ótimo+bom) é de 51%. Consideram que o Governo será regular no restante do mandato 17%. E menos de um terço (27%) são mais pessimistas (acham que será ruim e péssimo).
Nas Áreas de atuação, as áreas que merecem mais atenção do governo: Saúde 25%; Emprego e Renda (21%); Educação (18%); Custo de Vida (10%).
Expectativas
No Desemprego, houve crescimento de 4 pontos no contingente que acredita em aumento (32% para 36%), embora continue predominante a expectativa de redução (40%, nos dois momentos). No Acesso ao Crédito, houve oscilação de menos 1 ponto na opinião de que vai aumentar (39% para 38%) e de mais 1 ponto no prognóstico de diminuição (25% para 26%) No Poder de Compra, segundo a pesquisa, teve um movimento de mais 3 pontos na percepção sobre aumento (35% para 38%) e de menos 2 pontos com relação à queda do poder de compra.; Inflação e Custo de vida: a variação de mais 2 pontos na perspectiva de alta da inflação (47% para 49%) e de queda (26% para 28%) resulta em estabilidade nesse aspecto; Taxa de Juros: discreto aumento de 2 pontos na percepção de que irá diminuir (21% para 23%) e recuo de 1 ponto na projeção de aumento dos juros (51% para 50%,) que segue majoritária; Impostos: predomina a expectativa de que poderão ser aumentados, tendo oscilado de 57% para 59%, ao passo que a opinião sobre diminuição dos impostos variou de 16% para 15%; No Salário-mínimo, após o anúncio oficial reduziu-se a percepção de que haverá aumento do SM (46% para 39%), acompanhada da opinião preponderante de que ficará igual (43% para 50%); No Bolsa Família: não houve alteração na percepção sobre o acesso ao programa, permanecendo o mesmo contingente que acredita no aumento do acesso ao benefício (37%) e, de outro lado, que teme sua diminuição (21%); e para 34% o acesso ficará igual.
Endividamento
Sobre o nível de endividamento da população, o montante que acredita que estará menos endividado em 2023 do que em 2022 (44%) sofreu queda de 9 pontos no comparativo com o levantamento do bimestre anterior (em fevereiro eram 53%). Outros 36% acreditam que seu endividamento estará no mesmo nível (fevereiro: 31%); e apenas 16% imaginam estar mais endividados, praticamente o mesmo percentual de antes (15%).
A pesquisa mostra ainda que segue predominante a percepção de que, “nos últimos seis meses”, os preços dos produtos aumentaram ou aumentaram muito, com discreta variação de 3 pontos em relação a fevereiro: 67% opinam que aumentaram ou aumentaram muito (fevereiro: 64%); um quinto (20%) acham que ficaram iguais (24% em fevereiro); e uma fatia menor de entrevistados (12%) considera que diminuíram ou diminuíram muito (10% em fevereiro).
Onde a população percebe maior impacto da inflação, na pesquisa é no consumo de alimentos e outros produtos do abastecimento doméstico (70%); preço dos combustíveis (32%); o pagamento de serviços de saúde e remédios (26%); e no juros de cartão de crédito, financiamentos e empréstimos (12%).
Perguntados qual seria o destino de eventuais sobras no orçamento dos brasileiros, o resultado foi: compra de imóvel como primeira alternativa (35%); aplicação em outros investimentos bancários, fora a poupança (22%); poupança (21%); reforma da casa (19%); cursos e educação pessoal e da família (16%); e viagens (13%).
Leia também: