Greve a vista

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A lentidão do Governo na retomada da negociação salarial dos auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil já preocupa a  categoria, que faz assembléia nacional nesta quarta-feira para discutir os rumos da campanha por aumento salarial, nos últimos dias do prazo dado pelos auditores para avançar no processo de negociação ou voltar à greve que durou 52 dias. De acordo com a presidente do Sindicato dos Auditores-fiscais da Receita Federal (Unafisco Sindical) do Rio de Janeiro, Vera Teresa Balieiro, o governo até agora sequer avançou na questão da reposição dos dias parados. Para Vera Teresa, ou o governo apresenta uma proposta concreta aceitável ou a categoria vai paralisar novamente a partir de 2 de junho.

Concentradora
A “nova política industrial” está sendo tachada por muitos economistas como uma mera medida compensatória para setores afetados pelo dólar irreal. Sem referendar esse pensamento, Maurício Dias David, do Conselho Editorial do MM, lamenta que estão ausentes dos planos do governo os três problemas cruciais para o desenvolvimento brasileiro: a questão ambiental, a questão social e o desenvolvimento regional. “Uma política industrial em que estes três elementos centrais estão ausentes será necessariamente uma política concentradora de renda e socialmente excludente. Isto, pelo menos, nos ensinavam Celso Furtado e os pensadores do estrutural-desenvolvimentismo nos tempos da velha Cepal”, lembra David.

Só falta vulcão
É falsa a crença da maior parte da população de que o Brasil é um país livre da ameaça de ciclones, alerta o meteorologista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Isimar de Azevedo Santos. “No Brasil, os ciclones que nos afetam são chamados extratropicais, sempre associados às frentes frias”, ensina o especialista. Movimentos circulares de ar fortes e rápidos que, dependendo da intensidade, recebem o nome de tufões ou furacões, os ciclones no Atlântico Sul são pouco estudados, já que não há rotas de navegação significativas na região. Profissionais de sete países discutem o tema em encontro no Hotel Rio Othon Palace (Av. Atlântica 3.264, Copacabana, Zona Sul do Rio), que termina nesta quarta.

Responsabilidade
Superintendente de Responsabilidade Social e Ambiental do BNDES, Ricardo Henriques, continua, no entanto, devedor das suas responsabilidades acadêmicas. Como doutorando bolsista do CNPq, ganhou perto de US$ 100 mil, mais quatro anos de licença da UFF com vencimentos, para cursar seu doutorado na Europa. Como não defendeu sua tese, corre o risco de ter de reembolsar o erário pelo valor recebido.

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Fila
Registre-se, porém, que, segundo o CNPq, Henriques ainda não esgotou o prazo para fazer a defesa, e que, embora pareça uma quantia substantiva, o valor recebido em quatro anos representa cerca de US$ 2 mil por mês, o que, considerando o custo de vida europeu, não garante a nenhum bolsista uma vida de nababo no exterior. O problema é que, enquanto o superintendente do BNDES prioriza outros aspectos da sua carreira, é grande o número de acadêmicos brasileiros – Henriques é português – pleiteando, sem sucesso uma bolsa no exterior do CNPq ou da Capes.

Bons de papo?
Se a instalação de uma fábrica de semicondutores no Brasil e a transferência de tecnologia não passavam de blá-blá-blá, como oficialmente admitido pelo ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, que fortes motivos levaram o Brasil a adotar o modelo japonês de TV digital?

Marcos de Oliveira e Sérgio Souto

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