A greve dos auditores-fiscais da Receita Federal completou 70 dias esta semana, com impactos em todo o país, na arrecadação, nos aeroportos e nos processos da Receita Federal, segundo balanço feito pelo presidente do sindicato da categoria (Sindifisco Nacional), Dão Real. “Nossa mobilização está realmente intensa. Apesar dos cortes de pontos, apesar dos descontos dos nossos salários, continuamos fortemente mobilizados e vamos continuar até que o governo cumpra o que foi combinado”, afirmou, nesta terça-feira.
A greve atingiu os trabalhos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), com a adesão crescente de conselheiros da Fazenda Nacional. O Carf julga, na esfera administrativa, recursos que contestam decisões da Receita Federal. Vinculado ao Ministério da Economia, o Conselho é formado por representantes dos contribuintes e do governo de forma paritária.
Para Dão Real, a categoria está em um momento crucial e é muito importante que todos os Auditores se engajem na greve. Na próxima terça-feira, às 10h, será realizado um ato público em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília, para cobrar o início da negociação das pautas da categoria.
Em 15 de janeiro, a direção do sindicato e o comando nacional de mobilização se reuniram com a Receita, que se comprometeu a auxiliar os auditores na construção de uma solução junto ao Ministério de Gestão e da Inovação (MGI). O sindicato já formalizou um pedido de nova reunião para dar continuidade às negociações.
A categoria tem a expectativa de mais empenho do Ministério da Fazenda para pressionar o MGI a cumprir o que foi acordado com o Sindifisco Nacional e negociar a recomposição das perdas acumuladas, entre outras pautas reivindicatórias dos auditores, destaca o Sindifisco.
