Os maquinistas na Alemanha anunciaram a greve mais longa dos últimos meses, com duração de seis dias, a partir desta quarta-feira. A paralisação nos trens na Alemanha foi mantida apesar de melhoria na proposta salarial feita aos ferroviários, classificada como “artimanha” pelos trabalhadores.
A operadora ferroviária Deutsche Bahn espera “grandes perturbações”, já que o serviço de emergência planejado “garante apenas um serviço ferroviário muito limitado”.
A Deutsche Bahn propôs dois aumentos salariais este ano e no próximo ano, de 4,8% e 5%, respectivamente, bem como uma hora a menos de trabalho por semana a partir de 2026.
O Sindicato Alemão dos Motoristas de Locomotivas (GDL) continuou a recusar negociações, chamando o acordo apresentado de “outra oferta falsa”. Exigem um aumento de € 555 por mês e uma redução mais rápida da jornada de trabalho; seria uma queda de três horas, para apenas 35 horas por semana.
Protestos de produtores agrícolas tomam conta da Europa
A greve dos ferroviários alemães se soma às manifestações dos produtores agrícolas, que vêm movimentando diversas cidades no país, assim como em nações vizinhas.
Agricultores austríacos transportaram centenas de tratores para a capital Viena na última sexta-feira (19). Os agricultores italianos realizaram uma corrida de tratores na Sicília, no sábado, e um comício nacional com tratores na capital, Roma, e em muitos outros locais do país, nos dias seguintes.
Também os produtores agrícolas espanhóis realizarão protestos em massa em fevereiro, assim como os dos Países Baixos.
Na França, desde a última sexta-feira, cerca de 450 tratores bloquearam autoestradas em Toulouse, perto da principal rota para a vizinha Espanha.
Os produtores rurais reclamam de leis cada vez mais restritivas, fim de subsídios para combustíveis e perdas de receita.