Gripe aviária pode reduzir preço da carne bovina

Efeito sobre preço da carne de frango e bovina deve ser limitado se crise da gripe aviária for resolvida em até 60 dias

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Criação de frangos (Foto: ABr/arquivo)
Criação de frangos (Foto: ABr/arquivo)

A gripe aviária que levou à suspensão da importação de frango brasileiro por alguns países pode ter efeito nos preços do produto internamente e também afetar outros tipos de carne. Análise feita pelos especialistas de inflação da Warren Investimentos aponta que existe a possibilidade de ter um aumento da oferta interna, e isso só vai acontecer se os embargos se prolongarem demais. Os consultores dizem que entre 30 e 60 dias tudo deve estar resolvido.

Durante esse período, os preços devem recuar moderadamente. “Visto que não tem como reduzir a produção agora, o abate vai acontecer, mesmo tendo estoques, e alguma oferta adicional será disponibilizada no mercado doméstico”, explica a Warren.

Foi analisado também o efeito em bovinos. “No mercado futuro, o sentimento de pessimismo tomou conta, e o contrato futuro para maio de 2025 operou abaixo dos R$ 300/arroba. No mercado físico, será preciso enxergar como essa competitividade entre as carnes impactará a indústria frigorífica brasileira – como o mercado vem com uma oferta confortável, o outono segue avançando pressionando condição das pastagens, e estamos na segunda quinzena do mês, podemos ter um comprador menos ativo no mercado do boi gordo e testando preços abaixo da referência vigente (R$ 310 a R$ 315/arroba).”

Inicialmente, a equipe da Warren vê efeito moderado de preços mais baixos no curto prazo, algo entre queda de 5 e 10bps no IPCA se tudo se resolver entre 30 e 60 dias.

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O quadro pode mudar se novos focos surgirem. Mas o Brasil é referência quando se trata de biosseguridade, esteve durante dois anos isento de problemas em granjas comerciais e elaborou uma série de protocolos sanitários, podendo ficar apenas neste caso isolado, diminuindo os efeitos a nível nacional. “Por enquanto, a nossa visão é que temos que nos preocupar, mas sem motivo de pânico”, finaliza a análise da Warren.

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