O Brasil ostenta a tétrica condição de líder do ranking mundial da violência urbana, elaborado pela média de pessoas assassinadas a cada semana. Com 246 a 383, o Brasil é seguido de longe pelo Iraque (36 a 168), país que paga o elevado preço das conseqüências da invasão dos Estados Unidos. Os dados estão na última edição do jornal Academus, porta-voz da Academia Brasileira de Ciências Econômicas, Políticas e Sociais (Ane).
O artigo lembra que o Iraque tem população de 23,6 milhões (dados de 2001), 77% da qual urbana, vivendo numa área total de 434.128 km2. Com uma densidade de 54,36 habitantes/ km2, os iraquianos convivem com uma média de 36 a 168 mortes de civis e militares por semana.
Apesar da enorme degradação econômica e social, provocada pela invasão, a maioria dessas mortes se concentra em alguns bairros da capital e de quatro outras cidades iraquianas. Já o Brasil, apesar da baixa densidade populacional de 19,9 habitantes/ km2, registra a média de 246 a 383 assassinatos por semana.
Faroeste cabloco
A Ane acrescenta ainda que, num país com população superior a 169,6 milhões de habitantes (dados do censo de 2002), 81% dos brasileiros residem nas partes urbanas e enfrentam “esse quadro de horror em quase todos os lugares de quase todas as cidades do seu território de 8.514.204,9 km2”: “Parecendo com as antigas cidades do faroeste norte-americano, no Brasil os tiroteios acontecem rotineiramente e a qualquer hora do dia, em todas as capitais, sem respeitar áreas nobres ou periferias mergulhadas na pobreza. Diariamente, em todos os bairros das principais capitais e cidades do país, as escolas, indústrias, lojas comerciais e as residências (prédios e casas) sofrem pichações e apedrejamentos, em índices crescentes. À noite, vândalos cortam as ruas dando tiros ou gritando palavrões, tão somente para acordar e aterrorizar quem precisa trabalhar logo pela manhã. Os cidadãos são retirados até mesmo do interior de táxis em seqüestros-relâmpagos. Ninguém está seguro em lugar algum, nem mesmo ao lado de prédios militares e policiais. Ninguém faz a menor idéia de quem seja aquele seu novo e estranho vizinho que acaba de comprar, à vista, uma das melhores residências do bairro. Ninguém confia em quem está vestido de policial”, destaca a Ane.
Vendas diretas
Os setor de vendas diretas movimentou, R$ 2,9 bilhões nos primeiros três meses de 2006, 16% mais que no primeiro trimestre do ano passado. No mesmo período, o número de revendedores cresceu 10%, somando cerca de 1,5 milhão de pessoas. Os números foram divulgados pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abved), que os considerou um bom presente de aniversário para a categoria que, hoje, comemora o Dia do Revendedor, que inclui profissionais de áreas como cosméticos, jóias, produtos para casa e cuidados da família, suplementos nutricionais e serviços.
ABI em Sampa
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) abre, hoje, sua representação no Estado de São Paulo. A cerimônia, que começa às 20h, será no Teatro São Pedro – Rua Barra Funda 171, na Barra Funda – e contará com a presença, entre outros, do governador do Estado de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL); o prefeito da capital, Gilberto Kassab (PFL); o presidente da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf; e o presidente da ABI, Maurício Azêdo. Na ocasião, será empossado o Conselho Consultivo da ABI-São Paulo, que tem como presidente de honra o arcebispo emérito de São Paulo, cardeal Dom Paulo Evaristo Arns.
Barreira
Caso Parreira insista na escalação de Ronaldo e Adriano ao mesmo tempo, na partida, de quinta-feira contra o Japão, os patrocinadores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terão motivos para se queixar de concorrência desleal. Afinal, em tempos de futebol globalizado, a manutenção de dois postes no ataque da seleção só pode ser explicada pelo patrocínio de alguma concessionária de energia elétrica.
Pelo bolso
Enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que cada pessoa gaste de 100 a 120 litros de água por dia, cada paulistano usa aproximadamente 180 litros, ou seja, 60 litros de água a mais por dia do que seria necessário. Para combater esse desperdício, Maurício Catelli, diretor da CAS Tecnologia, defende o uso generalizado da medição individual de água, que é o segundo maior gasto dos condomínios, atrás apenas da folha de pagamento. Segundo Catelli, a medição individualizada leva a uma economia imediata de 20%, podendo, em alguns casos, chegar a 40%, já nos primeiros três meses após sua adoção.