Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou os nomes dos economistas Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira para diretorias do Banco Central. Os nomes devem ser indicados formalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda hoje.
Paulo Pichetti está sendo indicado para a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos e Rodrigo Teixeira foi indicado para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
Para poderem assumir, os indicados ainda têm de passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Em votação, os senadores precisam aprovar as indicações na CAE e em plenário.
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, nesta segunda-feira, que há “plena sintonia” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a política econômica conduzida pelo ministro da Fazenda.
“Quem continuar especulando que não tem sintonia entre o presidente Lula e a política econômica conduzida pelo ministro Fernando Haddad vai perder dinheiro. Há plena sintonia porque é uma politica econômica do presidente Lula”, disse durante conversa com jornalistas, no Palácio do Planalto, após reunião com Lula e Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e a secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.
Na semana passada, Lula afirmou que “dificilmente” o governo cumprirá a meta de zerar o déficit primário em 2024. Entretanto, o novo arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso Nacional em agosto estabelece uma meta de resultado primário zero para o próximo ano, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual, podendo chegar a um superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto ou déficit na mesma magnitude.
Haddad já admitiu que zerar o déficit será um desafio e que, para isso, o governo precisa aprovar os projetos que aumentam a arrecadação, em parceria com Congresso Nacional.
Nesse sentido, o ministro Padilha disse que, amanhã Lula conduzirá uma reunião com parlamentares para tratar da agenda prioritária do governo. Estarão presentes líderes e vice-líderes de bancadas da Câmara que têm apoiado o Executivo na aprovação de medidas, líderes do governo, presidente de partidos e ministros da área econômica e de articulação política.
“Vamos reforçar a centralidade, nesta reta final de ano, da importância de votarmos e aprovarmos as medidas que consolidam esses esforço de reequilíbrio macroeconômico do Orçamento público do país, da capacidade do país em mostrar que vai combinar responsabilidade socioambiental e fiscal”, disse o ministro.
Para 2023, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece meta de déficit primário de R$ 231,5 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). Segundo Padilha, o ambiente econômico e o início da trajetória decrescente da taxa básica de juros, a Selic, mostram que o déficit “não afeta o equilíbrio macroeconômico” do país.
Com informações do G1 e da Agência Brasil
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