História da indústria naval brasileira é de sucesso

613
Lançamento de navio para Transpetro
Lançamento de navio (foto de Paulo Botelho, Sinaval)

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados realizou audiência pública nesta terça-feira (25) sobre a indústria naval brasileira. O deputado Jorge Solla (PT-BA), que pediu a audiência, disse que o setor teve seu progresso interrompido após 2014, depois de um período florescente.

O professor Danilo Giroldo, reitor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), destacou que a história da indústria naval é uma história de sucesso; a narrativa de fracasso da indústria naval brasileira é uma narrativa construída. “Nós testemunhamos isso em Rio Grande, município de 200 mil habitantes, extremo sul do RS, ali foram construídas as [plataformas] P-53, P-55, P-58, P-63, P-74, P-66, P-67 e P-68. A única que deu problema foi a da construção dos cascos replicantes, primeiro contrato do mundo a fazer 8 cascos replicantes; era relativamente esperado que esse contrato pudesse ter alguma dificuldade de performance.” Essas plataformas construídas no Rio Grande são responsáveis por 30% do petróleo produzido no Brasil.

Este período foi de 2007 a 2013: a arrecadação municipal triplicou, a renda da população duplicou , o número de beneficiados pelo Bolsa Família caiu pela metade. Chegou-se a quase 25 mil trabalhadores diretos na indústria naval.

“Não se podia contar essa história de sucesso se querendo derrubar o governo. Para se derrubar o governo, se construiu uma história de fracasso”, pontuou o reitor. Após o golpe, logo no início do governo Temer, mudou-se a política de conteúdo local, e a Petrobras, à época comandada por Pedro Parente, mudou sua orientação de construção para afretamento.

Espaço Publicitáriocnseg

Giroldo atacou mitos de falta de competência e produtividade, destacando que estaleiros nacionais alcançaram indicadores superiores aos de construtores coreanos.

Sérgio Leal, secretário-geral do Sinaval (sindicato nacional que representa a indústria naval), deu números ao que destacou o reitor: “Em Pernambuco, saímos do primeiro navio com 176 hH (horas-homem) por tonelada para processar a embarcação, no último navio nós estávamos com 62 hH, número equiparado aos internacionais. Lembrando que essas curvas de aprendizado em alguns países da Ásia levaram até 30 anos.”

Ficou claro que é preciso uma regulamentação mais robusta, que proteja de uma mudança de orientação política e se torne uma política de Estado.

 

Trabalhador unido

O 1º de Maio Unificado das centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical – Classe Trabalhadora, CSB, Nova Central e Pública) começará às 10h, no Vale do Anhangabaú, região central da cidade de São Paulo.

Este ano, o lema será “Emprego, Renda, Direitos e Democracia”. As centrais levarão às ruas 15 reivindicações que tratam desde a política de valorização do salário mínimo até a regulamentação do trabalho por aplicativos e a defesa das empresas públicas.

 

Rápidas

A Dow anunciou Ana Paula Freire como nova diretora Comercial para o Negócio de Construção na América Latina *** Esse ano, 11 campi da Estácio no Estado do Rio de Janeiro oferecerão serviços gratuitos presenciais, até 31 de maio, para quem vai fazer a declaração do IR Pessoa Física. Contribuintes de qualquer parte do país também poderão tirar dúvidas por meio do NAF Virtual ([email protected]) *** A Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, em Botafogo, também ajudará o contribuinte e, realizará, em 29 de abril e 20 de maio, das 9h às 12h30, o projeto IR Solidário *** Rio Art Tattoo Festival vai de 5 a 7 de maio, no Pier Mauá, com exposições de artistas e de fornecedores, como Cheyenne, FK Irons e Pontual Tattoo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui