Como muito bem relata o site Mundo e Educação (http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/agricultura-no-brasil-atual.htm), que tem por referência o artigo sobre a agricultura no Brasil atual ao longo do tempo, com vários ciclos e transformações que se processaram conforme necessidade de desenvolvimento do país levando-se em conta, inclusive o período colonial, onde se destacou a cana-de-açúcar. Em seguida, o destaque no país foi a expansão do café e da soja, hoje é o grande manancial de nossa agricultura observando-se que um dos motivos deste crescimento, talvez o maior, seja a mecanização da produção e modernização das atividades.
Bem destaca a matéria ao mencionar sobre a modernização da agricultura diretamente associada ao processo de industrialização ocorrido no país durante o mesmo período citado, fator que foi responsável por uma reconfiguração no espaço geográfico e na divisão territorial do Brasil. Nesse novo panorama, o avanço das indústrias, o crescimento do setor terciário e a aceleração do processo de urbanização colocaram o campo economicamente subordinado à cidade, tornando-o dependente das técnicas e produções industriais (máquinas, equipamentos, defensivos agrícolas etc.).
Podemos dizer que a principal marca da agricultura no Brasil atual – e também, por extensão, a pecuária – é a formação dos complexos agrícolas, notadamente desenvolvidos nas regiões que englobam os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, destacam-se a produção de soja, a carne para exportação e também a cana-de-açúcar, em razão do aumento da necessidade nacional e internacional por etanol.
Inclusive na região Sul do país pode-se considerar que a produção agrícola se rege tendo o amparo de grupos imigrantes europeus, voltada à expansão da soja para voltada para a exportação nos últimos decênios e pela intensiva modernização agrícola. Essa configuração é preponderante no oeste do Paraná e de Santa Catarina, além do norte do Rio Grande do sul. Além da soja, cultivam-se também, em larga escala, o milho, a cana-de-açúcar e o algodão. Acentue-se na pecuária, a maior parte da produção é a de carne suína e de aves.
Há certa identidade na região Sudeste, pois apesar da vinculação a indústria destaca-se altos índices de produtividade e uso do solo com o emprego de técnicas apuradas e maquinarias de primeira qualidade. Cultiva-se muito nessas áreas o café, a cana-de-açúcar e a fruticultura, com ênfase para os laranjais. Na região Nordeste, por sua vez, tem dado grande realce a produtividade voltada atualmente para a produção de álcool e também de açúcar. Nesta região tem obtido resultado satisfatório com a agricultura familiar. O principal cultivo é o de frutas, como o melão, a uva, a manga e o abacaxi. Além disso, a agricultura de subsistência também possui um importante papel.
Por sua vez a região Centro-Oeste tem sido considerada “a área em que mais se expande o cultivo pela produção mecanizada, que se expande em direção à Amazônia e vem pressionando a expansão da fronteira agrícola para o norte do país. A Revolução Verde, no século passado, foi à principal responsável pela ocupação dos solos do Cerrado nessa região, pois permitiu o cultivo de diversas culturas em seus solos de elevada acidez. O principal produto é a soja, também voltada para o mercado externo.”
Finalmente, em relação à região Norte pode dizer que “é caracterizada por receber, atualmente, as principais frentes de expansão, vindas do Nordeste e do Centro-Oeste. A região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), por exemplo, é a área onde a pressão pela expansão das atividades agrárias ocorre mais intensamente, o que torna a região Norte como o futuro centro de crescimento do agronegócio brasileiro. As atividades mais praticadas nessa região ainda são de caráter extensivo e de baixa tecnologia, com ênfase na pecuária primitiva, na soja em expansão e em outros produtos, que passam a competir com o extrativismo vegetal existente.”
O que fizemos acima tem por finalidade a introdução do estudo do agronegócio brasileiro diante de sua importância no mundo moderno.
Desembargador Sidney Hartung Buarque
Mestre em Direito Civil.