Hospitais de campanha do Rio ficarão no Leblon e na Barra

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O governador Wilson Witzel assinou, nesta segunda-feira, com um grupo de empresários, tendo à frente a Rede D’Or São Luiz, convênios para a construção de dois hospitais de campanha, no Leblon, e no Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca. Cada um terá capacidade para 200 leitos. Com isso, o Estado do Rio ampliará unidades para receber pacientes do SUS vítimas da Covid-19.

“Quero agradecer a todos os empresários que se reuniram em uma demonstração de solidariedade ao povo do Estado do Rio de Janeiro. Assino este termo de convênio em que o Estado celebra, por intermédio da Secretaria de Saúde, e o Instituto D’Or de Saúde pública visando à construção de hospitais de campanha para atendimento dos casos de Covid-19. Toda ajuda é bem-vinda e será bem utilizada. Tenho certeza de que, neste momento tão difícil para muitas famílias, a solidariedade é uma palavra muito importante. Este gesto que hoje vocês apresentam tem a marca da fraternidade. Agradeço profundamente em nome do povo nosso estado – disse o governador Wilson Witzel, durante videoconferência com os empresários e o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.

Witzel ressaltou a importância do isolamento social para evitar uma explosão de casos em território fluminense.

“É importante salientar que o mundo todo passa por um momento de reflexão. Se tivéssemos em mãos testes e condições de liberar aquelas pessoas que não estão contaminadas ou que já estão imunizadas, seria o melhor dos mundos. Mas, temos que explicar para a população que não podemos fazer isso. Exatamente por não termos esta condição de colocar em quarentena quem efetivamente precisa ser colocado, todos temos de estar, exceto àqueles que estão em serviços essenciais. Se não for assim, teremos um pico elevado de contaminação e, sim, choraremos muitas mortes. Neste sentido que estamos clamando para que as pessoas fiquem em casa e, de forma muito lenta, iremos autorizar algum tipo de abertura da atividade econômica”, lembrou o governador.

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Edmar Santos, secretário de Estado de Saúde, acredita que é necessária a mobilização de todos para superar o desafio:

“Tão importante quando os leitos que serão disponibilizados e o recurso aplicado, é o simbolismo da união em torno de uma causa nobre: salvar vidas. A solidariedade, tão características entre nós, precisa ficar clara nesse momento. Faço, mais uma vez, um apelo para que as pessoas fiquem em casa. Você se protegerá e também a quem ama”, afirma.

Os hospitais, que terão estrutura modular, devem ficar prontos no início de maio. O investimento total das duas unidades é de R$ 95 milhões, incluindo construção e operacionalização. Os leitos de UTI serão equipados com dispositivos necessários para pacientes de alta complexidade, como ventiladores mecânicos, monitores e bombas de infusão.

No caso do hospital de campanha do Leblon, além da Rede D’Or, o pool de empresas e instituições inclui Bradesco Seguros, Lojas Americanas, Banco Safra e Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). O terreno fica ao lado do 23° Batalhão da Polícia Militar. O investimento é de R$ 45 milhões e o prazo de cessão do espaço é de quatro meses.

“O hospital que será instalado no Leblon terá 200 leitos, sendo 100 voltados para terapia intensiva. Poderemos atender dois mil pacientes durante a pandemia. Este é um investimento que será 100% custeado pela iniciativa privada para construção, recursos humanos, insumos e todos os equipamentos”, disse o vice-presidente da Rede D’Or, Paulo Moll.

O hospital no Parque dos Atletas, que também será construído pela Rede D’Or, terá 200 leitos, sendo pelo menos 50 para UTI. O investimento é de R$ 50 milhões e a expectativa é que o atendimento comece na segunda semana de maio. O projeto tem o apoio financeiro da Sul América Seguros, do fundo Mubadala, da Vale, do Banco Votorantim, da Procter & Gamble, da Qualicorp, da Stone e do Movimento União Rio.

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